O educador do século 21Leitura de 6 minutos
Um dos temas abordados no painel da Bett Educar 2018 – maior feira educacional da América Latina – foi a formação do educador do século 21. Um assunto que nos faz refletir sobre o papel do educador em meio às transformações em que a educação vem passando.
Mas como formar um educador no século 21? Como trazer a realidade atual para sala de aula? São muitas as possibilidades e os caminhos para essas respostas, mas antes de tudo, precisamos observar o agora.
Você já percebeu que tudo muda o tempo todo? Com a educação não é diferente. Estamos em constante evolução, vivemos novos cenários, principalmente, com as tecnologias. Os perfis dos alunos nos dias atuais são diferentes de um tempo atrás e isso impacta diretamente na formação dos professores.
Por onde começar?
Primeiramente, para ser um educador do século 21 é preciso entender as transformações de um modo geral e adaptar-se a realidade atual de um mundo de mudanças, sustentável e tecnológico. É preciso que os professores sintam a necessidade de inovar e tragam isso para suas vidas para depois aplicar em sala de aula, de acordo com a necessidade da escola.
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Além da inovação, é preciso dar autonomia aos professores para que eles realizem projetos, busquem novas formas pedagógicas e apresentem novas formas de ensino, promovendo mais desenvolvimento socioeducativo, melhor acesso à informação e um maior protagonismo dos alunos.
A importância do protagonismo dos alunos
Com a facilidade de acesso à informação, os alunos possuem um leque de conhecimento online. Mas os educadores do século 21 são os grandes promotores e motivadores do uso digital em sala de aula, oferecendo novas possibilidades de ensino e aprendizagem.
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A produção do conteúdo também sai do formato tradicional, onde apenas o professor é o responsável por passar conhecimento. Nessa formação, a aprendizagem é uma via de mão dupla entre aluno e professor. Assim, o educador do século 21 assume diversos papéis, ele é aprendiz, mediador, orientador, pesquisador e etc.
Na era da tecnologia e da informação é mais que necessário criar ambientes que colaborem para o desenvolvimento da autonomia e na construção do conhecimento coletivo. As tecnologias são fortes aliadas nesse novo processo. Métodos como movimentos maker – onde os alunos colocam a mão na massa e buscam soluções de problemas – e educomunicação – que une educação e comunicação, através de práticas que propõe uma intervenção das mídias – são algumas formas de inovar na aprendizagem e dar autonomia para os alunos.
Listamos aqui mais algumas dicas para você inovar e engajar os alunos em sala de aula. Confira!
Aposte em novas metodologias
Um dos maiores desafios do educador do século 21 é sair do método tradicional e partir para o novo. Assim, é preciso quebrar paradigmas pré-estabelecidos. Ao invés de aulas tradicionais, procure interagir com os alunos de maneira constante. Exemplos do dia a dia, o ensino colaborativo, as experiências científicas e o uso da tecnologia são boas apostas. Além disso, palestras, debates e apresentações podem ser uma maneira de inovar durante rotina em sala de aula.
Utilize gamificação na educação
“Gamification” ou “Gamificação”, é o processo de aprendizagem lúdica, por meio de jogos. Por isso, a aplicação da gamificação pode ser utilizada como estratégia para atrair e engajar os estudantes. Ela funciona para despertar interesse, aumentar a participação, desenvolver criatividade e autonomia, promover diálogo e resolver situações-problema.
Mantenha um bom relacionamento
Intensifique a sua comunicação e mantenha um bom relacionamento não só com os alunos, mas também com a família.
Dê voz e escute atentamente suas dúvidas, respostas, abra espaço para o diálogo. É preciso incentivar o debate em sala para que os alunos sejam capazes de ouvir outras pessoas com atenção, interesse e respeito por suas ideias e sentimentos.
Por fim, ser professor no século 21, é estar ciente que mesmo nesse mundo de mudanças. É inegável que tecnologia sozinha não transforma a educação ou prepara os estudantes para o novo. Tudo é uma adaptação sutil que no final das contas, traz grandes impactos para a realidade da educação dos alunos.