Uma pesquisa da ONU aponta que mais de 1,5 bilhão de estudantes tiveram seus estudos comprometidos pela pandemia. Isso evidencia mais um desafio para as escolas: realizar avaliações diagnósticas para identificar e recuperar as lacunas de aprendizagem de seus alunos.
As avaliações diagnósticas ganharam maior repercussão nos últimos anos devido a necessidade de compreender os reais impactos da pandemia na educação.
Educadores de todo o mundo não mediram esforços para seguir dando aulas e buscando acompanhar o desempenho dos estudantes.
Mas sabemos que existem muitos fatores que implicam nesse processo de ensino-aprendizagem. Fatores estes que, muitas vezes, fogem do poder de ação do educador e da escola.
São casos de acesso do aluno à tecnologia, do espaço de sua casa e da participação familiar, por exemplo.
Por isso, a avaliação diagnóstica é o que vai dar à escola e ao professor os indicadores de como ajudar cada aluno, mirando no que ele precisa desenvolver.
Existem três tipos de avaliações mais comuns: diagnóstica, formativa e somativa.
A formativa é uma avaliação que mede a aprendizagem do aluno durante a aula, como um indicador de que houve a compreensão do assunto. É uma avaliação mais simples e informal.
Já a avaliação somativa é a mais popular, sendo utilizada normalmente no final do ano para avaliar o grau de domínio dos conteúdos apresentados no ano letivo.
A diferença da avaliação diagnóstica em relação às duas é a sua finalidade. O propósito deste tipo de avaliação é verificar suas habilidades e dificuldades de aprendizagem.
Assim, a escola poderá conhecer melhor seus alunos e definir ações que minimizem essas lacunas com base em dados concretos.
E mais importante: permite identificar as causas das lacunas de aprendizagem e ser um guia que vai beneficiar tanto o professor quanto os alunos.
O ensino remoto ou híbrido permaneceu por boa parte de 2021. Em 2022, o cenário já promete ser outro já no início: com aulas presenciais.
Como o mundo está se preparando para a volta às aulas presenciais
A volta das aulas presenciais no início deste ano letivo dá a oportunidade aos educadores de reconhecer e desenvolver os principais “gaps” deixados pelos últimos anos.
Com o diagnóstico ainda no início do ano, os professores poderão agir de acordo com a necessidade da turma e de cada aluno, também.
E, assim, determinar o que precisa ser feito para solidificar os pontos fortes e desenvolver os pontos fracos.
O diferencial da avaliação diagnóstica é que ela promove a aprendizagem por meio da análise e permite adequar o conteúdo programático para a realidade da turma.
Também é uma maneira de focar na qualidade do aprendizado dos alunos, cada um com suas particularidades.
Existem vários métodos de aplicação da avaliação diagnóstica. O professor pode escolher a melhor ferramenta de acordo com as características da turma e com o que se pretende observar.
Este tipo de avaliação permite análises diversas, como análise das habilidades, de conteúdos ou competências.
Por isso, o primeiro passo é ter em mente os objetivos e o que cada item de avaliação irá observar.
Listamos algumas ferramentas para aplicar a avaliação diagnóstica. Confira!
É uma forma de observar as competências dos alunos em relação às regras gramaticais, níveis de escrita e aprendizado.
Dependendo do nível da turma, também é possível diagnosticar o desenvolvimento argumentativo do aluno.
Uma outra ferramenta é sobre analisar a capacidade dos alunos de analisar criticamente e interpretar textos.
O professor pode escolher determinado texto e pedir para que sua turma analise aspectos linguísticos e discursivos do mesmo, por exemplo.
É uma das opções dinâmicas e ricas para diagnosticar os alunos. Além de permitir uma abrangência de temas e assuntos, é possível analisar a capacidade dos estudantes de aplicar conhecimentos, repertórios e argumentações nas próprias palavras.
Além de ser uma ótima maneira de aquecer a turma para os demais conteúdos a serem vistos em sala.
As análises da turma podem ser realizadas de diferentes formas: via questionários, entrevistas com alunos e até dinâmicas de turma.
Para ajudar a nortear o processo de análise, lembre-se da dica inicial: tenha em mente os objetivos e os pontos que você deseja ter mais clareza em relação ao aprendizado dos seus alunos.
Um outro método que pode ser aplicado é por meio da resolução de exercícios. Ao selecionar os conteúdos para os quais você deseja diagnosticar a turma, separe questões e aplique para os alunos.
Ao observar os resultados, é importante perceber se há convergências e divergências entre os diagnósticos dos alunos.
Sem dúvidas, sim! As técnicas podem ser complementares, se para obter as respostas que precisa são necessários dois métodos.
Uma dica que não pode ser esquecida é que nem sempre a mesma avaliação poderá ser aplicada para diferentes turmas. Afinal, cada turma tem suas características e isso deve ser levado em consideração.
Após ter em mãos os resultados das avaliações, é hora de analisar o diagnóstico e realizar o plano de ação com base nele.
Os dados sozinhos não podem fazer nada, mas quem os tem em mãos pode fazer toda a diferença. E essa é a etapa principal do processo.
Com o diagnóstico feito, é hora de montar ações, planos e dinâmicas que busquem otimizar a aprendizagem dos alunos.
De forma resumida, é incentivar e aprimorar as habilidades que os alunos já dominam e recuperar e desenvolver o que ainda falta.
Não há receita de bolo para esta etapa, vai de acordo com a metodologia de ensino de cada escola, professor e perfil de turma. O diagnóstico vem como facilitador para as tomadas de decisões estratégicas.
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Riquíssimo conteúdo! Parabéns!
Essas explicações estão ótimas, poís é de suma importância esse trabalho em parceria.
Foram repassados todos os passos corretos para uma diagnóstica bem elaborada...