Para nosso consultor pedagógico, Jones Brandão, um dos grandes desafios da educação em 2019 é a apropriação da BNCC nas escolas.
Para ele, é preciso investir tempo, recursos, formação, troca de ideias, conhecimentos e leitura, para que a BNCC possa ser inserida, de fato, no dia a dia escolar. Por isso, vale a pena lembrar o que propõe as 10 competências da Base Nacional Comum Curricular.
Definir as aprendizagens essenciais que todos os alunos têm direito – seja de que rede de ensino público ou privada – vão ajudar a construir uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
De acordo com Jones, “A Base Nacional não é o ponto de partida, e sim o ponto de chegada“. Para ele, a Base é onde se espera que todos os alunos cheguem, no que diz respeito ao desenvolvimento das competências que foram estabelecidas. As 10 competências da BNCC estabelece um lugar comum de chegada dos alunos, tanto da rede pública como privada.
A premissa da Base Nacional é uma educação integral. A visão é o pleno desenvolvimento do estudante, seu crescimento como cidadão e sua qualificação para o trabalho. As aprendizagens essenciais definem o cidadão que pretendemos formar e norteiam a educação que queremos para todos.
É a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, no exercício pleno da cidadania e do mundo do trabalho.
O que pretende ensinar e para quê se destina.
O que: Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital.
Para: Entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar com a sociedade.
O que: Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade.
Para: Investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções.
O que: Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais.
Para: Fruir e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
O que: Utilizar diferentes linguagens.
Para: Expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias, sentimentos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
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O que: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética.
Para: Comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria.
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O que: Valorizar e apropriar-se de conhecimentos e experiências.
Para: Entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade.
O que: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis
Para: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, com base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo responsável e ética.
O que: Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e apreciar-se
Para: Cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
O que: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação.
Para: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza.
O que: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação.
Para: Tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
As competências estabelecidas pela Base são temas transversais que pretendemos ver desenvolvido nesse aluno ao final de cada ciclo. Quando falamos de transversal, queremos dizer que esses temas cortam toda a percepção de trabalho de cada uma das disciplinas. A Base é um fio condutor de todo o processo de trabalho.
“Se tudo que a gente fizer no dia a dia – o professor no seu plano de aula, o coordenador na formação dos professores – olhando para as dez competências, querendo vê-las formadas nos alunos e pensando em ações que – de alguma forma – conduza os alunos às competências, nós vamos ter um alto poder de transformação”, ressaltou Jones.
O alto poder de transformação virá quando tudo o que a comunidade escolar fizer, for ajustado com foco na condução do aluno para o estabelecimento das competências designadas pela Base.
Aí sim, teremos um aluno que vai – no futuro – defender um argumento com base em fatos, dados, informações de fontes confiáveis e não mais nos “achismos” ou no que viu nas redes sociais…
Teremos, num mundo tão intolerante, aluno capaz de respeitar o outro com suas diferenças e não só isso, mas quando ele começar a valorizar e acolher as diversidades, sem preconceitos…
“Nós gastamos muita energia hoje, por exemplo, em garantir que o aluno entenda o conteúdo e não que ele use esse conteúdo para mobilizar competência x, y ou z. Então a gente entrega um aluno capaz de responder uma prova, mas quando a gente entrega um aluno no final da educação básica que foi toda construída mirando nessas dez competências, daí teremos um aluno com consistência.
Pois o conteúdo fica na memória e vai se perdendo com o tempo, mas as competências não serão perdidas, elas farão parte da essência desse aluno”.
“A gente espera ver, cada vez mais, alunos autônomos no desenvolvimento do conhecimento e na construção da sua educação.”, Jones Brandão.
Vamos compartilhar agora uma publicação que tem o objetivo de apoiar redes, escolas e professores a compreender as Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular e como elas progridem ao longo da Educação Básica.
O material é orientador e detalha as dimensões e sub-dimensões que compõem cada uma das 10 Competências Gerais da Base, indicando como elas devem evoluir da Educação Infantil até o Ensino Médio.
O documento foi elaborado por integrantes do Grupo de Desenvolvimento Integral do Movimento Pela Base. O estudo conduzido por Michaela Horvathova, pesquisadora especialista do Center for Curriculum Redesign.
Pesquisa com base nas mais relevantes pesquisas publicadas recentemente sobre as áreas de ciência da aprendizagem, pedagogia e desenvolvimento psicológico. Também utilizaram referências curriculares e boas práticas mapeadas no Brasil e no exterior.
Fontes: Movimento pela Base e Porvir
Colaboração: Jones Brandão
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