Já parou pra pensar como a Alexa aprende? Para quem não sabe, Alexa é o nome da Atendente Artificial da Amazon. Ou, em algum momento, te ocorreu como o Google Assistant é capaz de traduzir 26 idiomas? Pois é… Fique sabendo que por trás de toda a magia da inteligência artificial existe um batalhão de pessoas e especialistas dedicados em tempo integral a melhorar o sistema.
No caso do Google Assistant, por exemplo, uma grande equipe de linguistas atua classificando os dados para treinar o sistema. São profissionais, muitos deles até mal remunerados, que “treinam” os sistemas e que, por vezes, “são” os próprios sistemas.
No controle de conteúdos do Facebook, por exemplo, atuam milhares de cérebros humanos; para que a Alexa responda suas perguntas há uma equipe de transcritores espalhadas pelo mundo fazendo a mágica acontecer. São trabalhadores invisíveis que podem estar ensinando aqueles que serão seus próprios substitutos digitais.
Mas o que significa trabalho fantasma? A definição desse termo envolve qualquer tipo de trabalho que possa ser, ao menos em parte, criado, programado, gerido, enviado e construído através de uma interface de programação, internet e até mesmo um pouco de inteligência artificial.
Segundo argumentam a antropóloga Mary Gray, e o cientista da computação Siddharth Suri, em seu novo livro, Ghost Work: How to Stop Silicon Valley from Building a New Global Underclass, a grande questão é até onde isso pode ir, pois estaríamos todos nós treinando as máquinas para se apropriarem do nosso próprio trabalho. Um trabalho que, na realidade, requer muita criatividade, conhecimento e julgamento.
Muito do convencional em nossa economia estava relacionado a ter um emprego de escritório, e isso está prestes a desaparecer. Segundo Mary Gray, o que mais surpreendeu em seu livro é o número de pessoas com ensino superior que têm um emprego fantasma, pois o grande paradoxo dos serviços de informação sob demanda é que eles não podem ser facilmente automatizados.
Qualquer trabalho que envolva atender às necessidades de outra pessoa requer um pouco de inteligência e atenção, o que nem sempre a inteligência artificial consegue suprir. Entretanto, não estamos sabendo como valorizar isso.
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Então devemos nos perguntar: “que benefícios as pessoas precisam para participar desse tipo de economia?” Além disso, para lidar nesse novo ambiente, essas pessoas precisam saber controlar três coisas: seu tempo, suas oportunidades e as possibilidades de contribuir com diferentes redes de colaboradores que lhes ensinarão coisas novas que podem se aplicar ao próximo projeto. Só assim elas se tornarão visíveis e, portanto, valorizadas.
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Sobre o autor:
Marcelo Freitas é mentor em inovação educacional; Especialista em Gestão Estratégica e Capital Humano; CEO em EdTechs, escritor e palestrante.
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