Por Marcelo Freitas –  Mentor em inovação educacional; Especialista em Gestão Estratégica e Capital Humano; CEO em EdTechs, escritor e palestrante.

Um químico americano chamado Gordon E. Moore previu, há quase 60 anos, que o processamento dos computadores dobraria a cada 18 meses sem aumento do custo de produção. Essa previsão ficou conhecida como “Lei de Moore”.


De lá pra cá o que vimos como consequência dessa previsão, diga-se de passagem, correta, foi que o processamento em nuvem, os equipamentos de hardware e o software que os opera estão 10x mais baratos e 100x mais rápidos hoje do que quando Moore fez sua previsão.


E sabe o que mais?


Uma explosão de novidades. Com tantas ferramentas disponíveis, a maneira como se aprende foi substancialmente alterada, uma vez que os jovens não estão mais presos às opções de estudo tradicionais.


E mais: as carreiras mudaram. Eles agora têm a opção de empreender e criar a própria empresa do zero… o que muda também, o mercado de trabalho. A partir daí, na esteira dessa reviravolta, novas competências e habilidades se tornaram necessárias.


Por isso mesmo, nos últimos tempos, muita gente ligada à Educação, em especial aquelas que lidam com os processos educacionais nas escolas, vem se perguntando: Como incluir tecnologia no currículo? E como fazer isso, de olho em competências da BNCC (Base Nacional Comum Curricular)?


Especialistas e gestores educacionais estão buscando respostas que atendam à essa necessidade, considerando ampliar as reflexões sobre computação na educação básica e potencializar o uso de tecnologia na aprendizagem.


O desafio é pertinente. O uso de novas metodologias alinhadas às competências gerais e às habilidades da Base vem sendo demandada a partir do momento em que o ingrediente “tecnologia” começou a criar raízes nas salas de aula. Na esteira desse processo, a reflexão ampliou-se com a edição da nova BNCC, ao estabelecer na 5ª competência geral:


“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.


Nesse momento, para apoiar redes de ensino, escolas e professores que precisam incluir os temas de tecnologia e computação nos seus currículos, surgem novos parceiros e aliados: as startups dedicadas ao segmento educacional, conhecidas por EdTechs.


Leia mais em: A implementação das tecnologias nas competências da BNCC


Além de se constituírem uma novidade no segmento educacional, elas trazem uma série de alternativas e novos olhares para velhos processos, além de se posicionarem como referência em Tecnologia e Computação.


Muitas delas são dedicadas ao desenvolvimento de competências, enquanto outras trazem conteúdos e atividades para desenvolver as habilidades digitais propostas na BNCC.


Voltadas para a educação infantil e o ensino fundamental, ferramentas como sites, plataformas, objetos digitais de aprendizagem, jogos e programas pretendem potencializar os conteúdos a partir do uso de tecnologia e ampliar as reflexões sobre computação na educação básica.


Essas novas ferramentas permite que as escolas possam trabalhar tecnologia e computação de forma transversal ou criarem componentes curriculares específico no seu currículo.


Entre as vantagens está a possibilidade de professores desenvolverem cada uma das habilidades digitais apresentadas no documento da Base Nacional. Muitas delas, acompanhadas das indicações de práticas pedagógicas, representam alternativas bastante consistentes ao processo de ensino-aprendizagem, apoiando o planejamento e a execução das aulas.


É evidente, entretanto, que a adoção dessas novas ferramentas, pelas escolas, deve considerar fatores como o nível de maturidade da instituição, e dos docentes, em relação ao uso de tecnologias, conforme cada prática.


Leia também: 6 empresas que vêm transformando a educação no país


Em síntese, a oportunidade de inovação e a convergência de interesses, fizeram empresas pequenas, e altamente tecnológicas, explodirem no mundo inteiro… Prova disso são as mais de 5 mil startups, apenas no Brasil.


Com tantas EdTechs e ferramentas surgindo todos os dias, a parceria com as escolas passou a ser uma alternativa bastante atraente, tanto para as instituições educacionais quanto para os empreendedores.


Que tal pensar em embarcar nessa onda?


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