Quando você escuta falar de ambientes de ensino inovadores e espaços makers, qual a primeira coisa em que você pensa? Impressoras 3D? Arduino? Cortadora a laser?
Não vamos negar que eles agregam, mas a ferramenta mais importante de uma sala de aula inovadora é a capacidade de incentivar o aprendizado ativo e o pensamento autônomo. Isso vem com rotinas e metodologias ativas que coloquem os alunos como protagonistas de sua jornada.
Engana-se quem pensa que eles só são aplicáveis a disciplinas científicas e matemáticas.
Nos Estados Unidos, um jardim de infância resolveu incorporar a Cultura Maker ao horário de almoço e instaurou um sistema: as crianças precisavam escolher o que iam comer, ficar em fila com suas bandejas e usar cartões magnéticos para pagar.
Logo apareceu o primeiro desafio: suas pequenas mãozinhas não conseguiam equilibrar os pratos e passar o cartão no scanner ao mesmo tempo.
A educadora então propôs que o problema fosse resolvido em sala de aula, com os materiais que tinham ali disponíveis. O resultado se traduziu em grupos de alunos de 3 a 4 anos de idade cortando seus cartões de forma que apenas a parte escaneável (a única essencial) fosse incorporada a pulseiras e acessórios.
Importante salientar: ninguém disse a eles o que fazer. Eles apenas queriam poder pagar pelo almoço sem tirar as mãos da bandeja.
Esse é o aprendizado ativo em sua essência. Mas o que mais pode ser feito para estar em sintonia com essa tendência educacional?
Já passamos da fase em que o professor atua como um disseminador de conteúdo. O papel do educador, hoje, é facilitar o aprendizado e mostrar ao aluno que ele também é responsável por buscar informação e ser produtivo, em vez de permanecer passivo.
Ademais de envolver todos os participantes e promover atividades, o educador deve ainda redirecionar sua autoridade para empoderar outros estudantes. O aluno tem uma dúvida? “Poxa, a Mariana sabe como fazer isso, por que você não pergunta a ela?”
Metodologias ativas de aprendizagem: quais são os benefícios?
Nenhuma escola vencerá a batalha contra os smartphones e os tablets, então por que não usá-los para o bem? Dispositivos tecnológicos que já fazem parte do cotidiano dos alunos podem ser instrumentos para pesquisa e apuração, ou mediadores de atividades coletivas.
Além disso, tenha a curiosidade e os interesses dos alunos como ponto de partida para novos projetos e experimentos. Descubra o que os faria iniciar um processo investigativo ou inventivo de forma independente, para que eles também desenvolvam competências e incrementem seu conhecimento com base no que gostam.
Então, dê feedbacks para que eles entendam que ajustes podem fazer para se beneficiarem no caminho e atingirem os objetivos que determinaram para si.
Mas permita que se complementem como grupo. Cada jovem tem inteligências e expertises diferentes e deve ser encorajado a explorar todo o seu potencial em disciplinas diversas. Porém, concentrando-se naquilo que faça mais sentido para ele.
O educador deve se preocupar em incluir diferentes domínios em seus projetos. Mas ele também entender estilos e técnicas que podem ser adaptados a variados tipos de personalidade. É importante ir de grupos pequenos a grupos grandes, de debates a exercícios escritos, de atividades corporais a musicais, passando por raciocínio lógico e expressão artística.
Conhecer as particularidades de cada aluno ajuda ainda a dar a eles o suporte necessário para que vençam obstáculos em cada um dos cenários em que se sentirem em desvantagem.
O aprendizado por meio de experiências é um dos caminhos mais eficientes para a absorção de conhecimento. Por isso, os espaços makers apresentam resultados tão positivos. Encare cada objeto em sala além de sua função principal. Estimule a criatividade no uso dos recursos disponíveis e busque aprofundar cada atividade, conectando-as a outras disciplinas.
Prepare o espaço com intenção, de forma que ele facilite interação e movimento. Deixe materiais ao alcance das crianças, permitindo que cadeiras, mesas ou almofadas sejam trocadas de lugar. Também é possível criar cantos específicos para cada propósito. Só não se esqueça que explorar ambientes além das paredes da escola também pode ser muito instrutivo!
Reflexões individuais, em pares ou em grupos são uma oportunidade de colocar os pensamentos em ordem, voltar ao que foi experimentado e consolidar o aprendizado. Além disso, conectando um novo conhecimento a experiências tanto reais quanto imaginárias dos alunos. Eles ganham um entendimento melhor de como aplicá-lo e em que contextos.
No final das contas, o aprendizado ativo também é sobre diminuir o abismo entre a teoria e a prática, usando a realidade, os interesses, as habilidades e o potencial de cada aluno como ponto de partida. Assim, os empoderamos para que, em vez de esperarem por soluções, eles as criem.
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