Danielle Gonzaga
Assessora de Implantação da Agenda Edu
Você conhece a lei nº 13.415/2017? ?
Isso mesmo! Foi a lei responsável por alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola e definindo a organização curricular do Novo Ensino Médio.
Esse novo modelo será implementado a partir do ano que vem de forma progressiva com as 1ª séries do Ensino Médio. Em 2023 com as 1ª e 2ª séries e completando o ciclo de implementação nas três séries em 2024 e sua escola precisa estar informada sobre todas as mudanças que esse modelo irá acarretar.
A lei estabelece uma organização curricular flexível, pautada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e oferece diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes com os itinerários formativos, que são conjuntos de oficinas ou núcleos de estudo que os alunos poderão escolher ao decorrer do ensino médio.
Os itinerários são: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas e formação técnica e profissional.
E para escolher qual itinerários formativos irá integrar, a lei evidencia a necessidade de desenvolver projetos de vida junto aos estudantes. Para isso, a escola precisará criar espaços de reflexão e diálogo, para que esses consigam avaliar seus interesses e realizar escolhas responsáveis e conscientes.
Itinerários formativos e Novo Ensino Médio: como implementar?
Por precisarem realizar escolhas que podem impactar diretamente sua rota, os estudantes devem desenvolver uma postura reflexiva e crítica acerca de seu futuro, seu processo formativo e o percurso que irá trilhar para alcançar seus objetivos.
O projeto de vida traz a possibilidade de planejar e construir o que está por vir.
Para isso, os estudantes deverão contar com a orientação de profissionais capacitados para apresentar as possibilidades existentes e tirar dúvidas, sempre respeitando a autonomia dos alunos para tomarem as próprias decisões. Segundo o portal do Ministério da Educação:
“Idealizar a própria vida é ter consciência da responsabilidade de cada um em sua atuação social, descobrindo-se a si mesmo, aos outros e o meio em que vive. É o momento em que são percebidas as tantas formas e jeitos de ser. É também quando alguns dos preconceitos construídos socialmente atingem e afetam as crianças, o que pode ser revertido a partir do compromisso da escola em importar-se com o outro”
De forma sintética, o projeto de vida busca oferecer apoio e orientação necessária para o alcance de uma das competências a serem desenvolvidas ao longo da Educação Básica segundo a Base Nacional Comum Curricular:
✅ A valorização da diversidade de saberes e vivências culturais e apropriação de conhecimentos e experiências que possibilitem ao aluno uma maior compreensão acerca das relações próprias do mundo do trabalho e favoreçam escolhas alinhadas ao exercício da cidadania, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Como já pontuado, os estudantes precisam de um acompanhamento profissional para criação e execução de seu projeto de vida. Para isso, é necessário ofertar formação continuada para sua equipe para estimular uma escuta sensível, que considere todas as dificuldades, medos, vantagens e potencialidades apresentadas por cada aluno.
Além disso, não esqueça de oferecer apoio aos professores. Os educadores também estão passando por mudanças constantes e precisam do suporte da escola.
Para implementar o projeto de vida na escola, além de formação continuada é necessário oferecer aos professores um material didático que apoie e contemple o desenvolvimento da inteligência emocional e das habilidades socioemocionais na perspectiva do “Projeto de Vida”.
O desenvolvimento desse conjunto de competências é assegurado pelo MEC, e o uso de um material de qualidade pode estimular discussões e realizações de exercícios e desafios pautados em questões norteadoras como “o que me move?” e “em que local quero chegar?”.
Não é possível fazer grandes mudanças na estrutura curricular e deixar todo o resto inalterado, certo? Para que seja possível implementar o projeto de vida e alcançar a autonomia discente, foque na adoção de metodologias ativas de aprendizado.
Como usar tecnologias digitais para aplicar metodologias ativas
Uma das principais habilidades a serem desenvolvidas a partir do projeto de vida é a postura crítica. Atividades autoavaliativas podem oportunizar reflexões sobre o papel do aluno e seu desempenho dentro e fora da escola.
Esse hábito pode auxiliar o indivíduo em todos os setores da sua vida, fazendo da autoavaliação uma ferramenta para seu futuro, tornando-se mais aberto a feedbacks e sugestões de melhoria que podem surgir por parte dos educadores, colegas ou que possam surgir em suas relações pessoais.
E você? Que ações está desenvolvendo para implementar o projeto de vida na sua escola? Conta aqui nos comentários.
Referências
Base Nacional Comum Curricular – Documento Oficial
Base Nacional Comum Curricular – Blog
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