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Jornada Edu online: LIV fala sobre o socioemocional na escola

No dia 17 de junho, aconteceu a segunda edição do ano da Jornada Edu online. Começamos uma tarde de conteúdo falando sobre como ser uma escola presente e trabalhar o socioemocional na escola. 


Para falar sobre isso, convidamos Joana London, gerente pedagógica do LIV – Laboratório Inteligência de Vida. Esse foi o primeiro painel da trilha Comunicação e Marketing, que foi seguido pelo Financeiro e Jurídico. 


Neste ano, a Jornada Edu está com um novo formato. São 3 eventos de um dia ao longo do ano e um grande evento ao final para encerrar com muita bagagem. A segunda edição trouxe conteúdos voltados para os desafios dos gestores de escola com 4 horas de muito aprendizado. 


Se você não conseguiu acompanhar, não se preocupe! O evento está disponível na íntegra e separamos a primeira palestra:



Você também pode conferir os melhores momentos:


Escola presente 


Afinal, o que é ser uma escola presente? Como podemos trabalhar o socioemocional na escola? O que isso significa principalmente neste momento pandêmico que estamos vivendo? 


“Sentir também é aprender, mas aprender um pouco diferente do que a gente está habituado na escola. É aprender sobre si, sobre o outro e sobre o mundo”, explica Joana. 


Para começar, precisamos incentivar a criação de espaços de escuta e fala na escola.  Toda a comunidade escolar precisa ter garantia desse espaço, assim como os gestores e diretores. 


“Se a gente já falava que socioemocional e espaço pra sentir na escola era fundamental, hoje a gente entende como urgente”.


Os desafios da escola hoje


Pensando no momento atual da escola, conseguimos identificar vários desafios, como o ensino híbrido, a implementação de novas tecnologias e até mesmo o ciclo de matrículas e a perda de alunos. 


Mas, quando olhamos além do que a gente enxerga, Joana explica que existem desafios muito mais complexos para lidar e que parecem novidade pra gente.


Como lidar com um professor desmotivado? 

Como manter o vínculo com as famílias depois de uma relação muito fragilizada com crianças saindo da escola?

Como melhorar o vínculo entre os alunos depois de um período de isolamento, como se vincula novamente e recria essas relações em uma local presencial?


Até o próprio bullying virou um novo desafio, já que agora precisamos encarar o cyberbullying como uma questão presente na escola, que saiu do espaço internet para o espaço sala de aula. 


Confira os melhores momentos da primeira edição
Entrevista com Gustavo Wigman 
Roda de conversa: mantenha a equipe aberta para inovação 
Entrevista com Helena Singer
Roda de conversa com professor e aluno


Como trabalhar o socioemocional na escola


Para começar a enfrentar esses desafios, Joana London aponta dois caminhos necessários que devem ser considerados pela escola. O primeiro é ter um currículo estruturado


“ O socioemocional na escola não pode ficar dependente de uma pessoa, de um professor, de um inspetor ou de um gestor que tem essa sensibilidade. Precisa ser um pilar da escola, todo mundo precisa ser cuidado e acolhido.”


Isso mostra a importância de acolher e cuidar de todas as pessoas que fazem parte da escola, não somente aqueles que consideramos mais vulneráveis. O segundo caminho apontado por Joana é justamente o engajamento de toda a comunidade escolar


“É importante a gente se questionar como está a nossa comunidade escolar. A gente precisar criar uma comunidade que tem a possibilidade de ser colaborativa, de conversar, ter troca, se acolher, não ter essa hierarquização de que só o professor acolhe o aluno, mas o aluno também acolhe o professor, as famílias acolhem os professores, os gestores acolhem a família”.


Outro ponto que deve ser considerado é que trabalhar o socioemocional na escola e cuidar da emoção exige tempo. Não podemos achar que só fazer um projeto no ano é suficiente. É preciso olhar o tempo inteiro para essas pessoas que estão envolvidas no processo educacional.


“Socioemocional exige confiança e confiança exige vulnerabilidade. A gente como gestor está se permitindo ser vulnerável na frente da nossa comunidade escolar? A gente está colocando as nossas questões para que a comunidade ajude a gente a resolver e não ficar só no lugar de que consegue dar conta de tudo?”


Por isso, é tão importante que criar uma escola presente seja um trabalho de todos. 


Sobre Joana London


Psicóloga e pedagoga, especialista em educação transformadora. Atualmente é gestora pedagógica, responsável pela criação e acompanhamento do LIV – Laboratório Inteligência de Vida, projeto de Educação Socioemocional em escolas de todo Brasil.


Agenda Edu

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