A Jornada Edu online agora tem um novo formato. Agora, são 3 eventos de somente um dia, ao longo do ano, e uma grande jornada ao final. Na primeira estação, tivemos uma roda de conversa sobre inovação na escola.
Abrimos a trilha de Gente & Gestão com um bate-papo incrível mediado pelos nossos apresentadores Jones Brandão, Diretor de Educação da Agenda Edu, e Emilly Fidelix, criadora do Se liga, prof!
Contamos com a presença de dois convidados muito especiais, Luciana Itho e Guilherme Cintra. Se você não conseguiu acompanhar, não se preocupe! O evento está disponível na íntegra:
Você também pode conferir os principais momentos e anotar as dicas:
Para Guilherme Cintra, é preciso distinguir inovação de novidade, entendendo que as novidades surgem a todo tempo prometendo ser a bala de prata que vai transformar tudo em novo.
“A grande verdade é que educação e inovação só se dá levando em consideração o contexto. Eu acho que isso é o principal, é você olhar pro contexto em que você está, é entender quem são as pessoas que estão no entorno para conseguir trazer coisas que são novas para aquele contexto e fazem sentido para aquele contexto, para modificar a forma como as pessoas que estão ali se comportam.”
Isso é ainda mais perceptível agora, no momento desafiador em que estamos vivendo. A mudança de contexto foi tão abrupta para as escolas que tiveram que fechar as portas e serem obrigadas a inovar com o ensino remoto.
Luciana Itho complementa ressaltando que a inovação é um fenômeno coletivo. “Ela precisa da coletividade porque o indivíduo não sustenta a inovação. Quem sustenta a inovação, quem permite implementar esses processos, buscar novos recursos, tecnologias que a gente associa tanto, são de fatos as pessoas’, explica.
Por isso, não podemos associar inovação somente com ideias, tecnologias ou até escalabilidade. Ela é feita por pessoas.
Primeiro, precisamos entender que a tecnologia é uma ferramenta que traz possibilidades. “Dados contam uma história. O que a tecnologia pode fazer? Consegue entender como os alunos estão se relacionando, interpretar os dados e facilitar os processos”, explica Cintra.
Uma ótima dica da Luciana Itho para começar a ajudar sua equipe é focar em quem já está se destacando, ao invés de direcionar todos os esforços para os colaboradores que não são tão engajados.
“Não deixa de olhar pro restante da equipe, mas para aqueles que estão em todas as formações é preciso dar apoio, entrar na sala de aula junto, criar novas aulas, dar essa energia e colocar essas pessoas para multiplicarem, para elas pensarem em como elas engajam o restante da equipe. Não focar no problema e sim na solução.”
Cintra ressalta que as pessoas apoiam as outras a aprenderem e assim a escola terá uma equipe que trabalha inovação de forma colaborativa. Afinal, todo mundo quer fazer parte de um movimento.
Dicas para manter a gestão de equipes durante o ensino remoto
Um dos principais papéis da gestão escolar é trabalhar a comunicação do que se espera e do que se quer alcançar. Dessa forma, é possível dar autonomia e também ter autonomia. “Como a gente emancipa uma sala de aula se o coordenador precisa pedir permissão o tempo todo pro diretor e pro mantenedor?”, questiona Luciana Itho.
Da mesma maneira, é preciso entender a maturidade da equipe para saber delegar tarefas. Não adianta somente limpar a agenda, mas delegar para pessoas que tenham a maturidade para tocar aquela tarefa e, principalmente, acompanhar.
“Além disso, entender que a pessoa não vai fazer do seu jeito. Ela precisa entregar o resultado, isso é emancipar e dar autonomia. Mostre qual é o resultado final e a pessoa vai encontrar os meios dela para fazer aquilo. Se não, não é inovação, não tem o do outro, mas somente o de uma pessoa.”
Outro ponto importante são as famosas formações continuadas. Luciana reforça que não adianta só mandar um email ou WhatsApp, mas sim encontrar formas de engajar. Sua grande dica é: fuja de palestras, é preciso proporcionar experiências, fazer com que as pessoas sejam afetadas para afetar os outros.
Para finalizar, uma dica de ouro: para poder liderar uma equipe, é preciso saber quem você é, onde estão suas potências e onde elas não estão. Assim podemos montar uma equipe que se complemente e encontrar na diversidade como respeitar e se conectar.
Cintra complementa que também é preciso conhecer o outro para que as pessoas cheguem ao seu melhor potencial. A equipe deve trabalhar em coletividade, só assim será possível trabalhar com inovação.
Luciana Itho é formada em Psicologia com especialização em Psicopedagogia clínica e institucional. Possui MBA em Gestão, Liderança e Inovação. Atuou em escolas privadas como educadora, coordenadora e diretora pedagógica, além de grandes grupos educacionais. Atualmente é líder do Centro de Formação da Rede APOGEU e INTEGRA.
Guilherme Cintra é formado em Economia, começou a trabalhar com educação dando aula de matemática para jovens de comunidades próximas à sua universidade. Se apaixonou pelo tema e anos depois assumiu a direção de uma unidade escolar do grupo Eleva. Hoje, usa as habilidades como coCEO do Pátio – uma unidade de negócio do grupo Eleva.
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