É verdade, o século XXI já está por aí há uns bons anos, mas estamos vendo tudo mudar tão rápido que parece que há pouco tempo começamos a “apertar o passo” quando o assunto é educação.
Uma das dificuldades de acompanhar essa transformação está na insistência de um modelo mental que acredita no professor como detentor de conhecimento, enquanto os jovens deste século são soterrados por novos conhecimentos a todo o momento, vindos de todas as partes.
O papel do educador mudou e, por isso, as competências exigidas dele pela Educação 4.0 também. Como todo profissional, é preciso se adaptar desde já.
Entenda quais são as habilidades do professor do futuro e como esse gargalo geracional pode ser reduzido para termos alunos mais engajados e que aprendam melhor:
O professor que acompanha a Educação 4.0 deve ser flexível, perceptivo e promover um ambiente empreendedor e criativo. Isso significa transitar entre diferentes papéis que propiciam o aprendizado autônomo em todas as situações:
Ser um aprendiz para, além de dar suporte à jornada de aprendizado de cada aluno, renovar suas práticas, crenças e se desenvolver junto aos alunos.
Autoridade em sala de aula ficou no século passado. Não se pode ordenar colaboração e respeito — é preciso conquistar a confiança e o comprometimento dos alunos.
Um bom líder é aquele que dá um bom exemplo, escuta o outro ativamente, é capaz de explicar o que é esperado de seus liderados como indivíduos e a relevância da direção que se está sendo tomada como grupo, sem impôr a maneira com que se chega lá: cada um tem autonomia para traçar seu caminho, desde que tenham na mira os objetivos coletivos pré-estabelecidos.
As metodologias ativas têm se consolidado como uma estratégia pedagógica, tanto para o desenvolvimento de competências dos alunos, como para quebrar com o conceito tradicional sobre o que é ensinar.
Metodologias ativas de aprendizagem: quais são os benefícios?
É responsabilidade também do professor estar aberto a essa quebra de paradigma, dialogar com diferentes iniciativas para estimular o protagonismo do aluno e aplicar métodos e modelos mais inovadores.
Entre eles estão os Espaços Maker, as salas de aula invertidas, a aprendizagem entre pares e times (Team-based Learning), a aprendizagem baseada em problemas (Problem-based Learning) — todos os quais exigem do educador o dinamismo e a criatividade para gerar ambientes inventivos, colaborativos, e que tenham o aluno como agente de seu próprio processo de aprendizagem.
Praticamente toda informação é acessível hoje em dia, o que ajuda muito nossa missão de desenvolver o protagonismo dos alunos. Contudo, infelizmente, é muito fácil se perder no submundo das ‘fake news’ ou confundir fato com opinião. É preciso saber discernir o que é realmente relevante, e ensinar estudantes a fazerem o mesmo.
Pense no professor como um clínico-geral: todo mundo pode buscar sintomas no Google e encontrar uma lista de doenças possíveis, mas é o médico que vai analisar o paciente com cuidado e orientar o que faz sentido como tratamento.
O professor deve ser capaz de filtrar o que faz sentido como conteúdo e método de aprendizagem. É com base em um diagnóstico cognitivo que ele entende como cada aluno absorve conhecimento melhor e personaliza esse aprendizado para garantir que o processo conte com ferramentas eficazes e informações verdadeiras e pertinentes.
Aproximar uma temática da realidade do aluno é chave para ajudá-lo a absorvê-la. É por isso que limitar-se a ensinar a ementa apenas de sua disciplina não será tão eficaz quanto estabelecer transversalidade entre todas elas e contar com áreas de conhecimento variadas em cima da solução de um problema.
O professor deve saber, portanto, como relacionar diferentes olhares em torno do que pretende ensinar, estimulando a interação entre os alunos, bem como deles com outros professores e com a comunidade.
É preciso mostrar todas as aplicações daquele novo conhecimento e considerar que ele pode influenciar ou ser influenciado pelo mundo externo e por outras matérias.
Isso não significa apenas cruzar Matemática com Biologia e Artes, mas explicar como utilizar determinado aprendizado como instrumento no dia-a-dia, explorar os novos recursos e ferramentas, trabalhar com as diversas facetas do processo de estudo e tangibilizar sua relevância.
Para educar alunos preparados para o século XXI, é imprescindível estimular o desenvolvimento de competências ligadas à inovação, como empatia, colaboração e autonomia. Cabe ao professor ajudar sua classe a gerenciar emoções, incentivar o respeito mútuo, valorizar a perspectiva do outro, a diversidade de contextos e inteligências.
No entanto, isso também exige que o próprio educador esteja em contato com suas emoções e mantenha suas habilidades em constante evolução.
No final das contas, essa é uma das habilidades principais do professor do futuro: estar à frente de seu desenvolvimento, aprender junto, e se reinventar a cada dia.
Quer saber mais sobre Cultura Maker, Inovação na Educação e outros assuntos educacionais? Você poderá conferir artigos do Nave à Vela aqui no blog da Jornada Edu ou acessando nosso blog.
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Parabéns pelo trabalho maravilhoso, obrigado.
Que bom que você gostou, José! ?
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Parabéns conteúdo significativo.
Que bom que você gostou, Dayana! ?
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Gente, simplesmente amei todo esse trabalhar a questão socioemocional entre os alunos e professores; é a maior deixa para um aprendizado natural e interativo. Parabéns!
Oi, Laudeci! Ficamos muito felizes com o seu comentário. ?
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Maravilhoso esse conteúdo.