Acontece na escola

Cyberbullying – Como lidar na escola?

Com certeza você já deve ter ouvido falar sobre bullying. É um termo que vem do inglês bully, que significa valentão, onde uma pessoa ou um grupo de pessoas sofrem agressões físicas ou psicológicas no ambiente escolar ou fora dela. Mas, hoje também conhecemos o cyberbullying.


É bem provável que você já tenha sofrido, cometido ou vivenciado o bullying. A escola como ambiente de aprendizagem e preparação para a vida, deve se manter atenta a tudo que possa comprometer o processo de aprendizagem do aluno.


Crianças e jovens estão cada vez mais conectados e com isso, surge uma nova modalidade de agressão, o cyberbullying.  A diferença entre o bullying e o cyberbullying é que o segundo ocorre no ambiente virtual, principalmente nas redes sociais.


Bullying na escola: um guia para combatê-lo


Mas você deve estar se perguntando: o que a escola ter a ver com esses problemas externos? Como diagnosticar os sintomas trazidos pelos agredidos para o espaço escolar? Após o diagnóstico o que fazer? Devemos castigar o agressor? O post hoje vai esclarecer suas dúvidas.


O que é o cyberbullying?


Como você já entendeu, o bullying é qualquer forma de agressão, física, psicológica ou verbal. Já o cyberbullying acontece no meio virtual, por isso é ainda mais difícil de identificar.


Na internet, tudo se espalha rapidamente. Uma foto ou vídeo pode ser compartilhado entre centenas e até milhares de pessoas, tornando impossível voltar atrás.


Também é comum que sejam criados fakes, perfis falsos para enviar mensagens ou fazer ameaças nas redes sociais. Dessa forma, é ainda mais difícil saber quem é o agressor.


Algumas das práticas do cyberbullying são:


  • Expor fotografias ou montagens
  • Divulgar fotos íntimas sem autorização
  • Enviar mensagens com críticas ao comportamento, aparência física ou opiniões
  • Enviar ameaças ou tentar extorquir.

O papel da escola


Um levantamento feito pelo instituto de pesquisa Ipsos mostra que o Brasil é o segundo país com mais casos de cyberbullying no mundo, perdendo somente para a Índia. A pesquisa mais de 20 mil pessoas em 28 países.


Já uma pesquisa feita pela Intel Security aponta que 66% dos entrevistados entre 8 e 16 anos já presenciaram casos de agressão pela internet. Além disso, 21% afirmam ter sofrido cyberbullying e 24% realizaram atividades consideradas como cyberbullying.


Mas como evitar que isso aconteça? A escola tem um papel fundamental na conscientização dos alunos. É sempre importante lembrar que a prevenção ainda é o melhor remédio contra qualquer ação prejudicial.


Desse modo, a escola deve organizar palestras, debates, conversas, seminários, mostrar como os alunos podem usar a internet a favor da educação e de forma amigável, além de ouvi-los. Afinal, é preciso incentivar que os estudantes denunciem casos que muitas vezes ocorrem com os colegas de classe.


É preciso também educar o agressor, bem como conversar com seus responsáveis para que estejam cientes das ações da criança.


Para evitar a propagação do cyberbullying, é necessário trabalhar o olhar sobre o outro. Traga para a sala de aula filmes, textos, pesquisas e projetos sobre o tema que possam gerar discussões e melhorar a percepção e o comprometimento sobre o coletivo.


Trabalhar a empatia na escola pode transformar relações


Além das ações preventivas estabelecidas pelos gestores, a escola também deve amparar as vítimas, mostrando às crianças e jovens que podem contar com ela. Sem esquecer de envolver as famílias, para que assim, possam trabalhar juntos na orientação dos alunos.


Atenção aos sinais


São vários os sinais emitidos pelos agredidos. Todo educador, diretor, coordenador pedagógico e também as famílias devem manter um olhar sempre atento ao que se passa na escola e em casa.


Como é bastante difícil acompanhar o que está acontecendo na internet, ainda mais em grupos ou conversas de aplicativos de mensagens, é preciso observar as conversas entre os alunos e as movimentações diferentes.


Se alguém está sendo isolado ou se isolando, pode ser um indício de que algo está acontecendo com a turma. Faltas excessivas, silêncio fora do comum e dores inexplicáveis também podem ser sintomas de que alguém está sendo constrangido ou intimidado pelos colegas.


Cyberbullying nas aulas remotas


Se já é difícil identificar episódios de cyberbullying, imagine como é ainda mais complicado durante o ensino remoto. Neste momento, os casos podem até mesmo ter aumentado sem você perceber.


Para prevenir, é interessante que a escola grave as aulas online e monitore as conversas entre alunos. Mas, também é preciso ter uma relação próxima com as famílias, já que os alunos estão sempre em casa.


Os mesmos sinais podem ser percebidos ao notar que o estudante está mais distante, falta e não interage com os colegas. Além disso, esse é o momento de intensificar as ações conscientização.


Combate ao bullying tem a tecnologia como aliada


Material de apoio para escola


Existem alguns materiais que podem auxiliar a escola a combater o bullying e o cyberbullying e que também podem ser utilizados com os alunos, são eles:



A internet deve ser usada da forma correta, para o bem das pessoas e não para fazer o mal. Orientar os alunos sobre seu uso e conscientizá-los de problemas como o bullying e o cyberbullying é um papel fundamental da escola.


E na sua escola? Como você faz para combater o bullying e o cyberbullying? Deixe um comentário.


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