Muitas alunos enfrentam as avaliações escolares como uma ameaça, problema. De acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgados em abril, 56% dos alunos brasileiros dizem ficar estressados quando estudam para uma prova. A ansiedade é tanta que pode afetar a sua forma de estudar e seu desempenho, ocasionando também problemas de memória.
Já falamos aqui como elaborar avaliações escolares que ajudam na aprendizagem e vimos que o objetivo principal das avaliações é fazer com que os alunos avancem em seu processo de aprendizagem e os professores possam aprimorar seu planejamento e seu trabalho em sala de aula. As avaliações mais importantes são as que orientam o ensino, integradas ao processo de aprendizagem, e não simples provas periódicas.
Mas o que se deve levar em consideração na hora de elaborar uma prova? O que abordar na avaliação para que não se torne um tormento para os alunos? Por isso, alguns aspectos precisam de atenção antes, durante e depois da elaboração e aplicação das avaliações.
Confira algumas dicas:
– As questões devem ser elaboradas com clareza, indicando objetivamente as respostas que se quer dos alunos;
– O que deve ser cobrado deve ser exatamente o que foi trabalhado durante as aulas, por isso, no momento de indicar os objetivos da avaliação, tomo como base o caderno das crianças, o que de fato foi trabalhado;
– As provas devem cobrir todos os aspectos trabalhados e não somente os mais difíceis;
– Quem deve elaborar as avaliações são os próprios docentes, considerando o que e como foi ensinado;
– Cuidar para que cada classe tenha sua própria avaliação, a não ser que o professor trabalhe de forma integrada;
– A aplicação deve ser feita num clima bom com as crianças, sem pressionar, e não deve ser um ato de punição que vai fazer como um castigo;
– Estudar com os professores os tipos de avaliação que poderão aplicar a suas crianças, e só será positiva quando propuser uma reflexão sobre os processos pedagógicos desenvolvidos e as aprendizagens garantidas;
– Analisar os resultados das crianças, avaliar o tipo de questão que mais erraram e o que está por trás desse possível resultado;
– Ter clareza que a prova tradicional pode ser aplicada, mas que algumas condições precisam ser garantidas para atingir seu resultado;
– Conversar com as crianças sobre a avaliação , o tipo de questão que vai cair na prova é muito parecido com o que vivenciaram em sala de aula, dá orientações individuais para aqueles alunos que manifestarem ansiedade antes da avaliação;
– Se necessário, aplicar simulados muito próximos ao modelo de avaliação que será aplicado;
– Realizar reuniões de pais para analisar o tipo de avaliação que foi aplicado e como foi realizado o trabalho anterior à avaliação;
– Mandar um cronograma com antecedência para os pais acompanharem os conteúdos que serão cobrados na avaliação. É importante usar uma linguagem de fácil compreensão da família.
As avaliações devem ser vistas como recursos para aprender e ensinar melhor, nunca temidas, como ameaças ou sentenças, nem pelo aluno, nem pelos professores.
E você, como costuma elaborar e aplicar suas provas? Tem mais alguma dica que não citamos aqui? Deixe um comentário.
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