Na história do país, diversas mulheres brasileiras foram destaque em atos heróicos, na literatura, ciências e em todos os segmentos da humanidade. Mas, nem sempre elas têm o destaque que merecem e são pautas nas escolas.
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, escolhemos alguns grandes nomes que merecem ser estudados em sala de aula e serem exemplo para as jovens meninas e também para os meninos.
Afinal, é papel da escola ensinar sobre igualdade de gênero e que as mulheres são capazes de conquistar tudo o que elas quiserem, sem nenhum tipo de discriminação. Confira:
Considerada a primeira mulher romancista do Brasil, Maria Firmina dos Reis era uma mulher negra, professora e de família humilde. Nascida em São Luís, ela foi destaque na luta educacional ao criar a primeira escola mista totalmente gratuita no Maranhão.
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Úrsula é o seu primeiro romance, escrito em 1860, e retrata a escravidão, dando voz a personagens escravizados e criticando a sociedade elitizada da época.
Apesar de ser um dos nomes mais conhecidos entre as mulheres brasileiras na música, sua contribuição não foi somente musical, mas também nas lutas sociais. Durante sua vida, fez parte da militância pela abolição da escravatura e foi fundadora da primeira instituição para arrecadar e proteger direitos autorais.
Chiquinha Gonzaga ficou conhecida durante o segundo reinado e depois passou a divulgar ritmos brasileiros, escrevendo uma das mais famosas marchinhas de Carnaval: Ô abre alas.
Maria Quitéria de Jesus foi a primeira mulher a entrar nas Forças Armadas e foi uma das heroínas na Guerra da Independência. Frequentemente comparada a Joana D’Arc, ela fugiu de casa em 1822, cortou os cabelos, se vestiu como homem e se juntou ao Regimento da Artilharia.
O pai dela não tinha permitido que ela se alistasse, mas acabou descobrindo. Maria Quitéria foi defendida por um major pela sua destreza com as armas e disciplina e foi perdoada pelo seu pai.
Apesar de ser uma das mulheres brasileiras mais conhecidas, você conhece a história da origem da Lei Maria da Penha? Nascida no Ceará, ela se formou na primeira turma de Farmácia da Universidade Federal do Ceará.
Após duas tentativas de homicídio que a deixaram paraplégica, seu marido foi condenado, mas passou apenas dois anos preso. Maria da Penha fez uma petição contra o Estado brasileiro por impunidade à violência doméstica, foi ouvida e reconhecida.
Em 2006, foi sancionada no Brasil a Lei Maria da Penha para proteger as mulheres contra a violência e o caso foi considerado pela ONU Mulheres como um dos dez capazes de mudar a vida das mulheres no mundo.
A escritora feminista Dionísia Gonçalves nasceu no Rio Grande do Norte e foi a autora do primeiro livro feminista no Brasil. Ela foi forçada a se casar aos 13 anos, abandonou o marido e lançou seu primeiro livro aos 22 anos. Foi o primeiro a falar do direito das mulheres à instrução e ao trabalho e é considerado o fundador do feminismo brasileiro.
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Entre estas mulheres brasileiras, Irmã Dulce é uma das mais conhecidas depois de ser beatificada. Conhecida como “o anjo bom da Bahia”, é uma das ativistas humanitárias mais importantes do século 20 e dedicou sua vida a ajudar pessoas carentes.
Aos 13 anos, transformou a casa dos pais em um centro de atendimento aos pobres e doentes. Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.
Foi a primeira pesquisadora e professora negra a ocupar um lugar de destaque na psicanálise no Brasil. Sua dissertação foi a primeira a falar sobre conflitos raciais brasileiros. Professora, fundou o Instituto de Psicanálise de Brasília e desenvolveu para a UNESCO diversas pesquisas sobre as relações raciais no país.
Professora, feminista e indigenista, foi precursora da questão indígena no Brasil. Nascida na Bahia, Leolinda Daltro promovia excursões pedagógicas pelo país e como feminista e sufragista, fundou o Partido Republicano Feminino e defendeu o direito ao voto em uma passeata em 1917.
Em sua homenagem, foi criado o Diploma Cidadã Leolinda de Figueredo Daltro para premiar 10 mulheres brasileiras anualmente que são exemplo de luta em suas áreas de atuação.
Médica pediatra e sanitarista brasileira, Zilda Arns fundou a Pastoral da Criança. Seu nome é um dos mais conhecidos nessa lista de mulheres brasileiras pelo seu trabalho no combate à mortalidade infantil, desnutrição e violência contra as crianças. Desenvolveu sua própria metodologia de tratamentos preventivos.
Psiquiatra e aluna de Carl Jung, Nise da Silveira foi a única mulher formada em uma turma de 157 alunos. Ela é reconhecida por sua luta antimanicomial e por ter implementado a terapia ocupacional no tratamento psiquiátrico.
Ela revolucionou a psiquiatria brasileira e chegou a ser presa durante o Estado Novo, acusada de ser comunista. Dividiu a cela com Olga Benário, famosa militante do movimento no Brasil.
Existem milhares de mulheres brasileiras que merecem estar nesta lista e é importante reconhecer a sua participação na evolução e história do país. Que tal fazer uma avaliação sobre quantas mulheres são estudadas na sua escola? Esse é o momento de dar voz às suas conquistas.
Fonte:
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