O debate sobre educação emocional, também conhecido como inteligência educacional, tomou proporções grandiosas atualmente, afinal, cada vez mais fica evidente o quão necessário é falar sobre as práticas que as pessoas têm voltadas para esse tema.
É possível perceber que cada vez mais, os jovens, de forma geral, sentem dificuldade em solucionar conflitos nas mais diversas situações, principalmente, quando o foco é o ambiente escolar.
De acordo com Daniel Goleman, estudioso responsável pelo conceito de inteligência emocional por meio do seu livro “Inteligência Emocional”, publicado em 1986, a inteligência emocional é a capacidade de identificar os próprios sentimentos e de outras pessoas, sendo possível haver motivação e gestão das emoções próprias e nos relacionamentos que são desenvolvidos na vida.
Para Daniel, a Inteligência Emocional pode ser dividida em 5 habilidades:
1- Autoconhecimento emocional: a capacidade de reconhecer e entender os próprios sentimentos. Quem consegue desenvolver essa habilidade, consegue “pilotar” melhor o caminho que decide seguir na vida.
2- Automotivação: saber dirigir as emoções em torno de um objetivo ou realização pessoal, sem se deixar levar pela ansiedade e problemas que surgem no caminho.
3- Reconhecimento das emoções em outras pessoas: é a habilidade de reconhecer o que o outro sente e ter empatia por aquele sentimento.
4- Relacionamentos interpessoais: saber interagir com outros indivíduos conseguindo lidar com o sentimento do próximo, afinal, o relacionamento é, em grande maioria, aprender a lidar com o outro.
5- Controle emocional: é a habilidade de lidar com os próprios sentimentos em cada situação que é vivida.
O autor conclui que quando o ser humano consegue controlar os próprios sentimentos, também consegue desenvolver melhor a sua inteligência.
É preciso compreender as emoções e suas peculiaridades para conseguir aprender a desenvolver a educação emocional. Só assim é possível trabalhar cada um dos sentimentos de maneira mais assertiva. Com o desenvolvimento dessa habilidade, se torna mais fácil interagir com outras pessoas dentro e fora da escola.
Atualmente as ações dos jovens envolvendo a escola estão mais explícitas. O ambiente escolar, por vezes, se torna palco para situações como o início de relacionamentos amorosos ou ao bullying, por exemplo.
É preciso que haja um grande preparo para saber lidar com o aluno individualmente e entender que, além de aluno, também é alguém com sentimentos.
Diante de situações assim, o ambiente escolar precisa estar preparado para ser o suporte do estudante na hora de desenvolver a própria capacidade de lidar com as emoções, que são intensas.
Aprender a lidar com as emoções é crucial para que haja maior possibilidade de acertos em situações problemáticas. O primeiro passo é saber reconhecer as próprias limitações e como elas interferem nas relações com outras pessoas, sabendo que há a necessidade de haver respeito pelo próximo. Um dos grandes auxílios para o aluno nessa etapa, deve ser o professor.
A escola pode e deve auxiliar tanto alunos quanto professores para que a habilidade de autoconhecimento, autopercepção e empatia sejam trabalhadas pelo próprio aluno de forma que ele as entenda e saiba lidar com isso, sendo auxiliado pelo professor.
Dessa forma, o trabalho iniciado no ambiente educacional se estende para além da sala de aula, sendo possível perceber a formação daquele aluno como parte da sociedade.
Existem diversas formas para lidar com a educação emocional, uma delas, por exemplo, é ter momentos para atividades de reflexão direcionadas por um professor. Assim, os alunos podem pensar a respeito de questões diversas e entender como seria o comportamento deles diante do mundo.
Também pode-se trabalhar com dinâmicas, elaboração de trabalhos e murais, meditação e práticas de relaxamento, sendo sempre guiada por um responsável da escola.
É válido lembrar que a participação do professor nesse processo é parte fundamental para que o desenvolvimento da inteligência emocional seja feito da melhor forma possível.
A aproximação precisa acontecer de forma natural, que pode ser feito através de um bate papo informal sobre as experiências de cada um, gostos pessoais e contando como são as reações diante dos problemas. Dessa forma, o aluno terá um ponto fixo de confiança em sala de aula.
Quando há a preocupação de cuidar da saúde emocional dos seus alunos, automaticamente se transforma o ambiente de educação em um local seguro, forte e emocionalmente saudável. Assim, é possível formar cidadãos melhores e conscientes de suas atitudes na sociedade atual.
Para lidar com as pressões diárias da rotina, a chave é saber aplicar a inteligência emocional a seu favor, dessa forma, é possível ter o retorno de diversos resultados positivos, alguns deles são:
Quando o aluno é trabalhado para entender que a emoção é a maior influência das decisões pessoais, se torna mais fácil trabalhar o desenvolvimento do mesmo dentro de sala de aula.
Afinal, quando o jovem aprende a lidar com a inteligência emocional, descobre como pensar, sentir e agir de forma inteligente e consciente, sem permitir que os sentimentos atrapalhem seu desenvolvimento como aluno.
Após o processo de aprender e desenvolver a educação emocional, é de extrema importância que o jovem estude sobre o assunto, mantendo em foco. Afinal, após aprender a lidar, é preciso aperfeiçoar com o tempo.
Algumas técnicas para que haja a evolução da educação emocional são observar as próprias reações durante acontecimentos na rotina, olhar com cuidado para os sentimentos e evitar julgar as próprias emoções.
Dessa forma, é possível manter em movimento o trabalho de desenvolvimento da educação emocional não só na sala de aula, mas também fora dela.
Ainda não há uma disciplina voltada para a inteligência emocional, mas é possível realizar – como já dito anteriormente – iniciativas voltadas para preencher esse espaço, como o Guia do Estudo Perfeito, por exemplo, uma disciplina exclusiva do Descomplica.
Com ela, o aluno tem a possibilidade de ter aulas sobre como controlar o nervosismo, medo, ansiedade e encontrar o ânimo necessário para enfrentar os desafios do dia a dia.
Leia também: Trabalhar a empatia na escola pode transformar relações
Trabalhar essas habilidades são importantes para quebrar barreiras que vão além dos conhecimentos acadêmicos. Assim, se torna mais fácil ter equilíbrio, sendo possível ensinar jovens a lidar com suas emoções para o mundo.
E mesmo que cada aluno tenha um perfil diferente, é possível adaptar a realidade de cada um para que o ensino de qualidade seja garantia.
Indivíduos que conseguem desenvolver a inteligência emocional são cada vez mais valorizados, afinal, é importante reconhecer as próprias limitações para conviver em sociedade já que diariamente é preciso lidar com diferentes pessoas com diversas culturas, formas de pensar, atitudes e outros.
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Procuro desenvolver a minha inteligência emocional e ao mesmo tempo ir ensinando para as minhas filhas como lidar com os sentimentos e assim tentar chegar mais próximo de ser uma mamãe completa