“Quando eu terminar os meus estudos, vou …”. Quem nunca fez planos sobre o que fazer ao final de um ciclo?
Logo após a formatura, você finalmente fecha um dos vários ciclos de sua vida, mas ao partir para a prática, percebe que outras habilidades precisam ser desenvolvidas.
“Ah, quem sabe aprenderei tudo em uma especialização? Bem, se não conseguir, certamente aprenderei no mestrado e caso tudo dê errado, ainda me resta um doutorado”. Será?
O fato é que os problemas a serem resolvidos na vida e trajetória pessoal e profissional de cada um de nós não cabe em grade curricular alguma. Acredite, nem na melhor universidade do mundo! Quem nunca ouviu: “quanto mais eu sei, mais percebo que ainda preciso aprender”?
Não precisamos nem voltar àquela máxima de que o mundo está em constante transformação, as novas tecnologias estão surgindo muito rapidamente e novas invenções surgem o tempo todo.
O mundo já mudou e nós já estamos presenciando isso todos os dias! Não precisamos mais ser educados para o desenvolvimento de uma única competência e especialidade e repeti-la durante 30, 40 anos.
Essa técnica já não prepara ninguém para o trabalho e para a vida no século XXI, em plena revolução digital, onde tudo o que sabemos, é que nada sabemos (lembrou de Sócrates nas aulas de filosofia? Pois é.).
E quem diria que Sócrates, 400 anos antes de Cristo, afirmaria algo que se encaixa tão bem no século XXI? Nossos desafios são voláteis, constantes e novos. Para muitas situações não temos exemplos do passado e não sabemos como será no futuro. Temos o agora, e a palavra de ordem para (sobre)viver com qualidade e protagonismo nesses novos tempos é: aprendizagem.
Com isso, precisamos começar a perceber a aprendizagem não como parte de uma etapa da vida, mas como um projeto sem data marcada para acabar.
E se o professor, no papel de educador, lida frequentemente com diversas gerações, novos desafios, subjetividades, singularidades e a constante gestão de conflitos, quando esse profissional deve parar de estudar? Nunca.
É preciso que “o profissional que forma todos os outros profissionais” encare a aprendizagem como pertinente também a si próprio, e não apenas ao seu estudante.
Não basta ser bem formado, é preciso estar bem informado, compreender novos conceitos, inserir novas ferramentas que facilitem o seu dia-a-dia e auxiliem sua produtividade e que o mantenha num posto onde nunca se preocupará com a possibilidade de um robô substituí-lo.
Não é só o nosso estudante que deve aprender a ser protagonista da própria vida e educação, também nós, profissionais da educação, precisamos ser protagonistas das nossas próprias carreiras.
Como diria Jean Piaget (1978): “O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola.” É um exercício diário, um hábito que precisa ser construído e que precisamos aprender.
A autorreflexão é uma excelente forma de voltar a aprender, principalmente porque toma como base suas próprias iniciativas, seu próprio jeito de lidar com o conteúdo em sala de aula, com sua turma e com as mudanças no cenário educacional.
Entender as mudanças no cenário educacional, principalmente quando falamos de Educação 3.0, 4.0, é uma questão importante para começar a entender o que você precisa reaprender ou aprender de fato.
Ao se redescobrir como estudante você passará a perceber mudanças significativas principalmente quando se trata de inovar em sala de aula, engajar alunos e ensinar de fato.
Pensando em tudo o que falamos até aqui, te faço um convite. Vamos nos redescobrir estudantes?
E, para comemorar o Dia do Professor, nós, da Agenda Edu, em parceria com a Kanttum, preparamos um presente especial para os professores, aliás, um não, mas vários presentes para ajudar no dia a dia e nos desafios da educação. É só clicar na imagem abaixo!
Fonte:
Piaget, Jean. (1978). A Epistemologia Genética: Sabedoria e Ilusões da Filosofia; Problemas da Psicologia Genética. São Paulo: Abril Cultural.
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