Você se lembra das brincadeiras que criava na infância? Seja em casa, ou na escola, a criatividade infantil faz parte da vida das crianças e é muito mais importante do que imaginamos.
Não é só diversão, ser criativo também traz diversos benefícios para o desenvolvimento e pode ser uma característica estimulada no ambiente escolar. Mas como é possível fazer isso? Continue a leitura para saber mais!
Afinal, o que é criatividade? Este é um termo difícil de definir, mas podemos dizer que ser criativo é uma forma de explorar, imaginar e até mesmo criar a sua identidade pessoal.
Durante uma brincadeira, as crianças conseguem utilizar diferentes objetos, planejar, atuar, interagir. Elas também aprendem a se expressar verbal e não-verbalmente, fazer suas próprias escolhas e testar seus limites.
Além do fator diversão, que por si só já traz diversos benefícios, a criatividade infantil ajuda a lidar com mudanças e solucionar problemas. Da mesma forma, também melhorar o entendimento de matemática e ciências, desenvolver a inteligência social e emocional e, claro, trazer felicidade ao longo da vida.
As brincadeiras não podem ser restritas ao ambiente de casa, a escola também deve estimular a imaginação dos alunos. Especialistas afirmam que crianças que brincam pouco durante a primeira infância apresentam dificuldades na alfabetização e aprendizagem em geral, já que não desenvolveram diversas habilidades.
Um estudo realizado pela Fundação Botín, na Espanha, revela que uma educação que estimula a criatividade infantil pode aumentar em 17,6% as chances de uma criança ingressar no Ensino Superior e até se destacar no mercado de trabalho.
Além disso, a pesquisa também mostra que o envolvimento com atividades criativas aumenta em 15,4% a probabilidade do aluno se engajar em trabalhos voluntários. Também aponta que cresce em 8,6% as chances de criar amizades duradouras e aumenta em 20% o interesse dos jovens em participar de processos eleitorais.
Mas qual é o papel da escola para estimular o potencial criativo dos alunos? É ajudá-los a desenvolver suas habilidades, melhorar o processo de ensino e garantir uma formação integral na vida escolar do estudante.
Existem algumas estratégias que o professor pode utilizar para incentivar a criatividade na sala de aula. Algumas crianças são mais criativas do que outras, por isso é importante ajudar aquelas que têm mais dificuldade para aperfeiçoar essa habilidade.
Primeiro, é preciso que o educador também esteja aberto a novas experiências e aguce a sua imaginação. Saia da sua zona de conforto e pense em novas atividades que incentivem os alunos a resolver problemas.
Confiras algumas dicas para começar:
Antes de tudo, a escola precisa se tornar um ambiente confortável para que os alunos possam expressar a sua criatividade. Todos devem estar envolvidos e dispostos a apoiar esse projeto, pois as crianças devem se sentir seguras em compartilhar seus pensamentos sem medo.
Portanto, a escola deve investir em um ambiente de respeito ao próximo, já que isto é fundamental para desenvolver a criatividade infantil e ainda trabalhar a colaboração na sala de aula.
Além disso, é importante disponibilizar recursos que estimulem a imaginação, como brinquedos, fantasias, jogos, livros, músicas e até dispositivos tecnológicos como tablets.
Uma ótima forma de estimular a criatividade infantil é criando desafios para que os alunos encontrem a solução. Eles podem ser feitos em forma de brincadeiras e até mesmo pequenas tarefas cotidianas.
Assim, a criança precisa pensar em como contornar aquela situação. Se ela não conseguir acertar de primeira, faça comentários positivos para incentivá-la, faça novas sugestões mas deixe que ela mesma resolva o desafio.
O professor deve permitir que os alunos se esforcem, com espaço para entender que cada um tem o seu tempo e maneira própria de lidar com a resolução de problemas.
É importante incentivar a arte da pergunta, encorajando as crianças a pensar de maneira independente e flexível, valorizando as suas ideias. Além disso, é essencial que os alunos aprendam a pensar de forma crítica.
Isso significa desenvolver a capacidade de analisar o ambiente, a si mesmo e suas ações. Por isso, faça perguntas quando eles estiverem brincando, estimulando que eles analisem o que estão fazendo e qual é o objetivo.
O objetivo das atividades não precisa ser somente um resultado final, mas sim quais caminhos foram tomados para chegar até ele. Sendo assim, é essencial encorajar as crianças a testar diferentes possibilidades.
Outra estratégia é utilizar os seus próprios gostos para gerar mais interesse, não forçando os alunos a fazer algo que eles não gostem. Claro, é preciso oferecer e apresentar novas atividades, mas sempre respeitando os limites da criança.
Todos os alunos adoram fugir da sala de aula, então que tal propor atividades em novos ambientes? Mudar de lugar pode abrir um novo universo de possibilidades e oferecer diferentes recursos.
Faça passeios que tenham contato com a natureza, como parques e praias, e até mesmo bibliotecas, laboratórios, circos e parques de diversão. Lembre-se de observar o comportamento dos alunos e estimulá-lo a explorar.
O contato com a arte também é essencial para que a criança adquira um repertório para fazer suas próprias criações. Por isso, proporcione o contato com museus, exposições de arte, espetáculos de dança, teatro e muito mais.
Arte na Educação Infantil: atividades para engajar no ensino remoto
Para despertar a criatividade infantil, é preciso fugir da rotina. Aquelas atividades que já estão cansativas precisam de novos estímulos, por isso é importante proporcionar novas experiências mais estimulantes.
Entretanto, nem sempre é preciso mudar completamente uma atividade. O professor pode propor uma nova forma de fazer algo que já é comum, como pintar de cabeça para baixo ou ler um poema ao contrário.
Durante o ensino remoto, os educadores entenderam como é importante utilizar a tecnologia ao seu favor. Ela também pode ser uma ótima parceira para estimular a criatividade infantil, além de trabalhar outras habilidades, como raciocínio lógico, regras e colaboração.
Use os recursos disponíveis disponíveis, como computador, tablet, celular e jogos. Além de gamificar a educação, eles também trazem mais engajamento dos alunos e apresentam novos ambientes e possibilidades.
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