Na escola, é comum acontecerem situações de conflito. Quem nunca entrou em uma sala de aula e presenciou brigas entre alunos e até professores perdendo a paciência? É nesse momento que devemos falar sobre comunicação não violenta.
Pode parecer até óbvio, mas existem muitas formas de se expressar e várias vezes erramos. Por isso, é tão importante aprender maneiras de solucionar conflitos e se comunicar da melhor forma possível.
Isso também se aplica na escola, tanto na sala de aula quanto nos corredores, quadras, cantinas, sala da diretoria. Quer entender como aplicar a CNV? Continue a leitura!
O que você vai encontrar neste artigo?
O que é Comunicação Não Violenta?
Antes de tudo, precisamos entender o que isso significa. O que é se comunicar de forma não violenta? Será que realmente precisamos refletir?
O CNV é um método com técnicas de comunicação criado para resolver problemas de maneira pacífica, com empatia e compaixão. Para isso, utilizamos o diálogo sem jogar culpa, ameaçar ou julgar.
Essa metodologia foi desenvolvida pelo americano Marshall Roserberg para identificar as necessidades de cada pessoa. O seu fundamento veio da ideia de que todos somos seres de compaixão com nossas próprias experiências sobre o mundo.
Então, é natural que cada um absorva e reproduza violências que encontraram ao longo da vida. Isso dificulta nossa comunicação, mas podemos entender como transformá-la com novas estratégias.
Confira algumas das principais vantagens da Comunicação Não Violenta:
Afinal, como podemos colocar em prática? O método tem quatro pilares que ajudam a nortear:
Devemos observar as coisas que nos afetam e tentar não julgar. Entenda a mensagem que está sendo passada sem criar juízo de valor, apenas compreendendo o que se gosta ou não no que está acontecendo, naquilo que está sendo falado ou feito.
Pergunte-se como você está se sentindo, o que a situação desperta em você. Além disso, é importante dar nome à emoção, seja felicidade, medo, tristeza, raiva. Também é necessário se permitir ser vulnerável para saber a diferença entre o que pensamos e o que sentimos.
Quando entendemos o nosso sentimento, precisamos reconhecer quais são as suas necessidades. Lembre-se que o que o outro faz pode estimular, mas não pode ser a causa das nossas necessidades. Para isso, precisamos fazer uma análise pessoal de forma clara.
Depois, podemos pedir com uma solicitação específica, com ações concretas, o que queremos da outra pessoa. Devemos usar uma linguagem positiva, em forma de afirmação, evitando frases vagas ou ambíguas.
Agora, você já deve ter entendido como a Comunicação Não Violenta é essencial para a rotina de uma escola. No dia a dia, é comum encontrarmos atos de violência no ambiente escolar, seja verbal ou ou até mesmo física.
O ato de gritar, ordenar, brigar e repreender podem inibir ou constranger os alunos. Muitas vezes, os educadores fazem isso sem perceber e não entendem como pequenos detalhes podem marcar a aprendizagem dos estudantes.
Segundo a CNV, nós nos comunicamos para expressar nossas necessidades e costumamos ter dificuldade para nos expressar da forma correta. Então, devemos perceber, compreender e expressar nossos sentimentos.
Precisamos evitar as punições e estimular que os alunos ouçam seus colegas, colaborando para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Na sala de aula, podemos utilizar atividades práticas e criar diálogos.
O melhor caminho para iniciar a Comunicação Não Violenta é praticar a escuta ativa. Abra espaço para que as necessidades sejam ouvidas, compreendidas e atendidas. O professor deve entender os alunos da mesma forma que eles entender as preocupações do professor.
Algumas formas de colocar a CNV em prática é com rodas de conversa e expressão, em que os alunos podem compartilhar seus sentimentos. Para isso, não se esqueça que as emoções são mais complexas do que simplesmente felicidade e tristeza, devemos explorar as suas nuances.
Você também pode criar uma tabela de sentimentos e sensações, mostrando com imagens e ilustrações como são os vários tipos de sentimentos. Converse com os estudantes e mostre que é importante compreender a si mesmo e se expressar.
Também é interessante desenvolver atividades que ajudem a lidar com a frustração. Trabalhe os quatro pilares da Comunicação Não Violenta aos poucos e não desista dos resultados!
Outro ponto importante a ser considerado pela escola é a aplicação da CNV na Base Nacional Comum Curricular. Ela fala sobre estimular as habilidades socioemocionais dos alunos em todas as competências gerais.
Os alunos precisam desenvolver inteligência emocional na escola e a Comunicação Não Violenta é a chave para aplicar isso dentro e fora da sala de aula.
Ao aplicar esse método na sua escola, só existem vantagens. Alunos e famílias poderão entender melhor sobre o seu papel na jornada educacional e até mesmo os professores terão uma percepção melhor sobre o seu trabalho.
Afinal, o trabalho de um educador também pode ser estressante e é difícil lidar com as exigências da profissão e das expectativas dos colegas. Utilizando a Comunicação Não Violenta, podemos abrir espaço para melhorar toda a comunidade escolar.
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esse conteudo e muito util e bem concebido. adorei
Que bom que você gostou, Maria Fernanda! ?
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Muito interessante! ATUALMENTE ESTOU FAZENDO UM CURSO OFERECIDO PELO MEC PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. As escolas precisam discutir as questões relacionadas ao desenvolvimento socioemocional dos alunos como a CNV para melhor entendimento dos educadores sobre o assunto e como aplicá-las na prática.