No dia a dia é comum ensinarmos a importância de realizar atividades em grupo e ter cuidado com os colegas, porém dificilmente vamos mais a fundo e incentivamos ou treinamos a empatia na escola.
A empatia nada mais é do que a mudança de perspectiva, deixar de sentir e vivenciar as experiências como nós mesmos e nos colocar no lugar do outro, reconhecendo seus sentimentos, suas diferenças e suas possíveis dificuldades durante uma situação.
No desenvolvimento da empatia há uma influência neurológica genética que diminui ou aumenta o desenvolvimento da habilidade.
Algumas pessoas que não conseguem se colocar no lugar do outro, muitas vezes possuem espectro de autismo, são sociopatas ou narcisistas. Enquanto pessoas muito empáticas acabam somatizando sentimentos, isto é, vivenciando tão fortemente a dor de outras pessoas que isso passa a prejudicar sua saúde.
Porém, o fator mais forte para desenvolver empatia é realmente através de treinos para “acostumar” os neurônios a responderem como “espelhos” em frente a cenários de dificuldade ou sofrimento de outras pessoas.
Na Dinamarca, país que foi considerado o “mais feliz do mundo” em 2016, a empatia já chegou nas escolas e é contemplada no currículo escolar tal qual Literatura, Matemática e outras disciplinas, da educação infantil ao ensino médio.
Pois é importantíssimo que alunos de todas as idades tenham a possibilidade de desenvolver atitudes empáticas para que seja possível uma sociedade mais madura, inteligente e conectada entre si.
“A capacidade de se colocar no lugar do outro é uma das funções mais importantes da inteligência. Demonstra o grau de maturidade do ser humano.”
Augusto Cury.
Trabalhando a empatia na sala de aula, conseguimos influenciar positivamente crianças da educação infantil em seus primeiros contatos com a sociedade, firmando, na formação desses alunos, a importância de olhar para o outro e ser mais compreensivos com as possibilidades dadas a cada pessoa. O que influenciará diretamente nas ações futuras e poderá evitar o bullying e os efeitos negativos por ele causados.
Saiba como ajudar a enfrentar o bullying no artigo “Bullying e o papel de todos em seu combate”
Para desenvolver a empatia nas crianças e adolescentes, a mudança tem que começar de forma estrutural. É importante, primeiramente, que a empatia e educação socioemocional vire uma forma de lidar com as situações da rotina escolar, quase como uma cultura da escola.
É claro que a cultura não vai mudar sozinha, do dia para a noite, por isso é essencial que os primeiros exercícios de desenvolvimento de empatia aconteçam com os gestores, coordenadores e professores.
Confira o artigo “Orientação profissional como ferramenta de gestão socioemocional”
Para adultos, uma forma fácil de desenvolver a empatia é o hábito de leitura de ficção, estimulando ao leitor a compreender pessoas. Escutar músicas prestando atenção nas letras e jogar jogos com situações de conflitos também são formas fáceis de encaixar na rotina.
As atividades propostas podem ser em grupos. Caminhadas na natureza e observação de pessoas em situações cotidianas também ativam áreas no cérebro associadas à empatia e altruísmo.
Com a cultura da empatia já internalizada, é hora de trazer para a sala de aula atividades que desenvolvam essa habilidade.
Uma boa primeira atividade é a prática de conversar sobre sentimentos de cada um dos alunos da turma. Frisando a importância dos sentimentos, sejam eles bons ou ruins e aumentando a percepção de que as pessoas sentem diferentes coisas em uma mesma situação.
Dessa forma, as crianças criarão laços entre elas e com os professores, tornando mais fácil a identificação de problemas e a resolução dos possíveis transtornos.
Um vídeo interessante sobre a empatia que pode ser discutido em sala de aula é esse curto vídeo animado da RSA Short, com locução da Dr Brene Brown, pesquisadora americana referência em temas como empatia, vulnerabilidade, vergonha e humildade.
Algumas atividades lúdicas também são essenciais para esse desenvolvimento acontecer desde cedo, uma delas é a contação de histórias com personagens, muitas vezes animais, que passam por alguns percalços em suas jornadas.
As brincadeiras em grupo, como jogos e esportes, também ajudam na noção de grupo, porém podem ser mais aproveitadas quando há uma discussão sobre o que foi realizado.
Além das brincadeiras, uma grande ferramenta para treinar a empatia é a dança a dois, que pode ser incentivada nas festas temáticas, onde a necessidade de seguir passos em conjunto e o contato corporal ativam os neurônios da empatia.
Depois das atividades com colaboradores e alunos, é importante que a escola incentive também os responsáveis a ter empatia. Assim, juntos, escola e família podem dar os primeiros passos para o ensino da empatia, ensinando pelo exemplo e buscando entender as situações de dificuldade enfrentadas pelo aluno, ajudando-o a superar os conflitos, antes de aplicar punições.
Entendendo que mesmo crianças e adolescentes também tem problemas e sentem angústia em suas vivências.
Comece a aplicar a educação socioemocional. O primeiro passo é melhorar cada vez mais a comunicação entre alunos, responsáveis e escolas.
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