Gestão escolar

Competências socioemocionais na escola: volta às aulas na pandemia

Em poucas horas, tudo pode mudar e em época de pandemia, isso é ainda mais real. Agora mais do que nunca, é importante trabalhar as competências socioemocionais na escola para cuidar da saúde dos alunos, professores, educadores e famílias. 


Com tantas mudanças, é normal se sentir ansioso, estressado e ter mais dificuldade com a rotina escolar. Por isso, é essencial que a escola seja um espaço de acolhimento e escuta para dar apoio socioemocional para toda a comunidade escolar. 




O que você vai encontrar neste artigo?


O que são competências socioemocionais?


Competências socioemocionais na escola


Volta às aulas na pandemia



O que são competências socioemocionais?


As competências socioemocionais são relacionadas à emoção e a forma de se relacionar com o outro. É o processo de entender os seus sentimentos para tomar suas próprias decisões com empatia. 


Elas fazem parte da vida de todas as pessoas e são fundamentais para que você tenha uma vida saudável. São capacidades que fazem parte do nosso modo de pensar, sentir e nos comportar em diversas situações. 


Disciplina positiva: o que é e como usar nas escolas?


Competências socioemocionais na escola


Também é papel da escola dar segurança, suporte e escutar seus alunos e colaboradores. É preciso ter um olhar coletivo na hora de educar. A educação também é política, voltada para desenvolver o pensamento crítico, a ética e a transparência para a construção de uma sociedade funcional. 


Os professores devem ser exemplo e, principalmente, guias dos seus estudantes. Isso também significa ouvir, entender, identificar problemas, ter empatia, buscar soluções e dar apoio emocional. 


Como professores e famílias devem lidar com as mudanças da pandemia?


BNCC


As competências socioemocionais na escola são contempladas em todas as 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular. Dessa forma, neste ano elas já devem estar inseridas no conteúdo de todas as escolas do Brasil.


Os educadores precisam trabalhar cinco competências dentro da sala de aula e também fora da escola:


  1. Autoconsciência: o conhecimento de cada pessoa, suas forças e limitações, sempre mantendo uma atitude otimista e voltada para o crescimento.
  2. Autogestão: relacionada ao gerenciamento eficiente do estresse, controle de impulsos e definição de metas.
  3. Consciência social: exercício da empatia, colocar-se no lugar do outro e respeitar a diversidade.
  4. Habilidades de relacionamento: habilidades de ouvir com empatia, falar clara e objetivamente, resistir à pressão social como o bullying, solucionar conflitos de modo construtivo e respeitoso e auxiliar o outro.
  5. Tomada de decisão responsável: tomar escolhas pessoais e interações sociais de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos da sociedade.

Para que as competências socioemocionais na escola sejam bem trabalhadas, os educadores precisam ter compreensão de cada uma delas, além de apoiar e guiar os alunos no seu exercício. 



Volta às aulas na pandemia


Escolas em todo o Brasil já estão planejando a retomada das aulas presenciais depois de meses fechadas. Os alunos estavam acostumados com o ensino remoto, uma nova rotina escolar com dificuldades peculiares ao momento. 


Nesse período de retorno, surgem muitas dúvidas e incertezas tanto dos estudantes, quanto das famílias e até mesmo dos educadores e gestores. Por isso, não se pode esperar que tudo volte ao normal, a educação deve se adaptar a uma nova rotina. 


Como o mundo está se preparando para a volta às aulas presenciais


Cada pessoa viveu situações únicas: alunos morando separados de pais e isolados de familiares, conflitos em casa, dificuldades de aprendizagem e até mesmo a perda de parentes que adoeceram com coronavírus. 


A escola precisa estar preparada para receber as dores desses estudantes e apoiá-los em cada passo. Não é preciso ter respostas para tudo, mas estar presente para ajudar e acolher com empatia e cuidado.



Competências socioemocionais na prática


Para começar a trabalhar as competências socioemocionais na escola, é interessante conversar com os responsáveis antes da retomada das aulas. É possível lançar uma pesquisa de clima para entender como está a vida dos alunos e também promover reuniões de pais online. 


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A principal recomendação é contar com o apoio de psicopedagogos para criar protocolos de saúde emocional e treinar os professores para lidar com diversas situações, além de manter o diálogo sempre aberto com a comunidade escolar. 


Apoio para professores


É muito importante cuidar do educador para que eles possam cuidar dos outros. Eles também estão vivendo um momento único com vários desafios e precisam do apoio da escola. 


Como a escola pode ajudar?


  1. Empoderamento: criar um ambiente de trabalho seguro e com transparência. Assim, os colaboradores têm mais liberdade e podem entender os limites da sua responsabilidade.
  2. Ambiente positivo: desenvolver atividades para deixar a rotina mais leve, se tornando um lugar de troca, crescimento, aprendizagem e livre expressão.
  3. Gestão do tempo: ajudar os educadores a gerenciar o seu tempo, podendo disponibilizar uma sala equipada com recursos e ferramentas para evitar que o trabalho seja levado pra casa.
  4. Suporte profissional: a escola deve oferecer assistência psicológica para tratar questões emocionais e também ajudar no crescimento profissional e direcionamento da carreira.

Apoio para alunos


Além de usar a BNCC como guia para desenvolver as competências socioemocionais na escola, também é possível criar diversas atividades. Confira algumas dicas do guia da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação de Quixadá


  1. Autogestão: propor atividade em etapas que exija organização para ajudar no gerenciamento da vida pós-pandemia com novas rotinas dentro de casa e na escola.
  2. Engajamento com outros: trabalhar o compromisso e engajamento colocando os alunos como protagonistas e cidadãos para enfrentar a pandemia.
  3. Amabilidade: tornar os alunos menos agressivos e facilitar a convivência, criando grupos com pessoas que não costumam trabalhar juntas. Ajuda a desenvolver confiança, empatia e respeito.
  4. Resiliência emocional: criar situações em grupo com enfrentamentos positivos e empoderamento para fortalecer o emocional do aluno, diminuindo a ansiedade e o estresse.
  5. Abertura ao novo: atividades coletivas para estimular a criatividade, desenvolvendo curiosidade para aprender, imaginação criativa e interesse artístico.

Aplicando diferentes competências, sua escola conseguirá dar apoio para os alunos, famílias e educadores para superarem juntos os efeitos da pandemia. No planejamento de volta às aulas, lembre-se de ouvir e entender. 


Fontes:

Base Nacional Comum Curricular

Educação Infantil

Sebrae

12º Crede – Quixadá


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