Depois de meses no ensino remoto, escolas do mundo inteiro já começaram o retorno das aulas gradualmente. Com a pandemia do coronavírus, a educação precisou se adaptar e agora enfrenta mais um momento desafiador.
Para entender qual é o cenário mundial e adaptar para o ensino do Brasil, é importante analisar o que escolas de diversos países estão fazendo, como foi a volta às aulas presenciais e o que podemos aprender.
O que você vai encontrar neste artigo?
Antes de abrir as portas, é preciso planejar e estudar para garantir a segurança dos alunos. Todas as escolas precisaram se adaptar criando novos protocolos e medidas sanitárias, como uso de máscaras, álcool em gel, lavagem de mãos, sinalização, janelas abertas, distância entre carteiras, turmas reduzidas e muito mais.
Mas, não basta somente mudar a infraestrutura da escola. Gestores e professores precisam estar realmente preparados para receber os estudantes. Afinal, sem a vacina, todos devem estar alertas e se prevenir constantemente.
Ações pedagógicas na retomada: dicas do Colégio Nova Dimensão
Além disso, não se pode esquecer que a capacidade do colégio foi reduzida, como também várias famílias não se sentem seguras para o retorno das aulas. Portanto, o ensino híbrido, online e offline com atividades presenciais e remotas, é o caminho mais estratégico.
O novo modelo de ensino envolve capacitação dos professores, investimentos em ferramentas e tecnologias e, principalmente, muito planejamento.
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No Brasil, vários estados já voltaram às aulas, mas muitos estão em fase de preparação e outros não têm previsão de retorno. Até mesmo para quem voltou, é importante estar atento ao que acontece no mundo para estar o mais preparado possível.
Confira como foi o retorno das aulas presenciais em diversos países:
A França iniciou o retorno das aulas de forma voluntária na primeira quinzena de maio, priorizando Educação Infantil e Ensino Fundamental. Já no final de junho, a volta foi obrigatória para todos os alunos.
Foi um dos primeiros países a voltar com protocolos bastante rigorosos. Mesmo assim, cerca de 70 das 40 mil escolas precisaram fechar novamente depois de apenas uma semana de aula. Isso aconteceu devido ao aumento de casos de Covid-19 na França, mas sem comprovação se a contaminação aconteceu nas escolas.
Após esse momento, o governo decidiu relaxar os protocolos de segurança e a pré-escola não precisou mais manter o distanciamento entre crianças da mesma turma. Nos outros segmentos, as medidas foram mantidas. Além disso, as escolas têm ampla autonomia para fechar ou continuar abertas em caso de contágio de alunos ou colaboradores.
Distanciamento social na escola: como adaptar a infraestrutura
Israel foi um grande exemplo para o mundo de controle da Covid-19, com fechamento de fronteiras e interrupção de atividades em empresas, comércios e escolas entre março e abril.
O retorno das aulas aconteceu em maio, mas logo após foram registrados dois casos em uma escola de prestígio em Jerusalém. Ao ser fechada novamente, o colégio fez um testagem que revelou 178 pessoas contaminadas, sendo 153 alunos e 25 colaboradores.
Depois, outras escolas registraram novos casos e seguiram o exemplo de fechar novamente. Uma análise de especialistas revelou que o novo surto aconteceu pela onda de calor que levou o governo a permitir que os alunos não usassem máscaras, o número excessivo de alunos por sala que superava 30 e a desatenção ao isolamento social e ventilação do ambiente.
A Coreia do Sul também se tornou um grande exemplo para o mundo como um dos países que melhor controlou a disseminação da Covid-19. O retorno das aulas chegou a ser adiado 5 vezes e aconteceu em no final de maio de forma gradual, priorizando o Ensino Médio.
Mesmo seguindo protocolos de segurança, algumas escolas da capital precisaram fechar poucos dias depois e mais de cem precisaram adiar a reabertura. A decisão foi tomada após alguns alunos serem contaminados.
O governo passou a fazer inspeções nos colégios, as aulas são mais curtas e apenas os alunos do Ensino Médio podem ir todos os dias. Já os outros estudantes só podem frequentar a escola uma ou duas vezes por semana.
Pesquisa de retomada das aulas: como as escolas estão se preparando
Portugal também priorizou os alunos do Ensino Médio no retorno da aulas na segunda quinzena de maio. Cerca de 200 mil alunos voltaram, mas os estudantes da Pré-Escola só retomaram as atividades por duas semanas.
Muitos pais preferiram continuar em casa e as escolas continuaram as aulas de forma híbrida, utilizando a internet e até mesmo a televisão.
Após o recesso, os estudantes retornam para a escola em setembro. Além disso, segundo determinação do governo, colégios só serão fechados novamente em casos extremos.
O mundo inteiro está de olho no que acontece na China e o país manteve as escolas fechadas por quatro meses. O retorno das aulas foi progressivo e aconteceu entre abril e maio. Além disso, foi dividido por províncias e por faixa etária dos alunos, priorizando o Ensino Médio.
Fora os protocolos de costume, a China só permitiu a abertura de escolas localizadas em regiões sem casos contaminados nos últimos 14 dias, divisórias de plástico entre as mesas que podem ser levadas pelos alunos para outras salas e, em Pequim, até mesmo pulseiras para controle de temperatura.
Apesar da preparação, inclusive da abertura de escolas em Wuhan, epicentro da pandemia, alguns casos de alunos contaminados foram registrados.
No dia 1º de setembro, depois do recesso de verão, mais de 280 milhões de estudantes voltaram para a escola de forma escalonada. Até o fim do mês, não houveram registros de contágios.
A Alemanha foi mais um país referência de combate ao novo coronavírus e só abriu as escolas nas primeiras semanas de agosto. O retorno das aulas foi faseado por estados a partir de agosto e alguns só voltaram em setembro.
Após a abertura, duas escolas no norte do país tiveram que fechar novamente após a confirmação de novos casos entre alunos e professores.
Sobre a volta às aulas presenciais, a Dinamarca retornou cedo, no meio de abril, e as crianças tinham até que lavar as mãos 6 vezes por dias. Os alunos só podem se reunir no intervalo em grupos de no máximo 4 pessoas.
Assim como em outros países, também aconteceram alguns registros de novos casos de Covid-19 entre os professores.
No Reino Unido, o governo fez um campanha sobre a reabertura das escolas e o retorno das aulas aconteceu no início de junho. Os alunos da Educação Infantil passaram a assistir aula em carteiras ao invés de sentadas lado a lado no chão.
Além disso, apenas uma parte dos educadores podiam estar presentes ao mesmo tempo na escola. Um grupo era programado para segunda e terça-feira, já outro de quinta e sexta-feira. Assim, na quarta-feira o colégio fechava para fazer uma limpeza minuciosa em cada sala de aula.
No calendário escolar tradicional do Reino Unido, as aulas param no meio de julho para as férias de verão e retornaram em setembro. Apenas a Escócia voltou antecipadamente em agosto. Entretanto, desde então, dezenas de focos de contágio foram registrado e escolas precisaram fechar.
Analisando o exemplo de países ao redor do mundo, não existe regra para o retorno das aulas. É preciso considerar os aspectos de cada região e fazer um planejamento detalhado com todas os protocolos de segurança e saúde.
O mais importante é não pisar no acelerador e respeitar as indicações do governo e dos especialistas. Outro cuidado é observar como cada escola e sua comunidade escolar se comporta e não ter medo de recuar se for necessário.
Estamos vivendo um momento único para todos: alunos, educadores e famílias. A educação também tem o papel de acolher e cuidar, por isso as escolas deverão ter atenção, acompanhar e monitorar o retorno das aulas.
Fontes:
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