Por que as crianças holandesas são tão felizes?Leitura de 6 minutos

Família na escola 16 de julho de 2018

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Por que as crianças holandesas são tão felizes?Leitura de 6 minutos

Liberdade, pouca competitividade e pouco apego aos bens materiais são alguns dos segredos holandeses para manter a qualidade de vida de suas crianças. O país foi o primeiro colocado no ranking da Unicef que determina a qualidade de vida de crianças de diversos países considerados ricos.


Michele Hutchinson, inglesa que reside no país e é co-autora do livro “The happiest kids in the world – bringing up children the dutch way” (algo como “As crianças mais felizes do mundo – criando filhos do jeito holandês”), conta que o jeito holandês provavelmente começou há muitos anos devido a própria geografia do país, que é todo cercado de água, e toda a comunidade teve que, historicamente, trabalhar junta para controlar a água, construir diques, plantar alimentos e agir pelo bem comum.


A autora acredita que a cultura de cooperação tornou o país menos competitivo, sendo assim os seus moradores não seguem o perfil ocidental de ter longas horas de trabalho e se dedicarem principalmente às suas carreiras. Na Holanda, as pessoas tem muito mais tempo para estar com suas famílias e as crianças estão sempre acompanhadas dos pais.


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O jeito holandês


Os pais holandeses dedicam muito tempo não apenas em observar as crianças, mas em ouví-las compromissadamente, olhando-as nos olhos. A família, e a união da família, é muito importante, sendo muito comum que o núcleo familiar se reúna diariamente para jantar juntos. Com esse convívio frequente, os pais holandeses criam relações de confiança mais fortes com seus filhos.


A confiança se mostra, por exemplo, no fato de que crianças brincam quase sempre sozinhas, incluindo fora de casa, e a partir dos 8 anos já vão sozinhas para a escola em suas próprias bicicletas, que são o meio de transporte mais utilizado no país.


Os holandeses se beneficiam da geografia plana e da segurança do país para se locomover utilizando bicicletas, o que permite que façam exercícios diariamente, contribuindo para felicidade das pessoas, e torna também a Holanda um dos países com a menor quantidade de crianças acima do peso (7% das crianças apenas, enquanto nos Estados Unidos chega a 30% das crianças).


“Os pais conversam com os filhos e confiam neles. Eles ensinam as crianças sobre os riscos em vez de protegê-las o tempo todo. É sobre ensinar eles a se protegerem e não impedi-los de fazer algo”

Michele Hutchinson


Leia o artigo de Murilo Gun, “Para que a escola seja a segunda casa, a casa deve ser a primeira escola”.


Educação escolar na Holanda


Na educação escolar, o país sai na frente por ter uma educação gratuita de qualidade e obrigatória para crianças a partir de 5 anos, porém, com uma peculiaridade, no escola primária não há tarefas de casa, o foco principal é a socialização. Provavelmente por isso, as crianças holandesas aparecem na pesquisa da Unicef como as crianças que melhor se relacionam com pais, mães e colegas da escola (84,5% das crianças alegam achar os colegas legais e fácil de se relacionar com os pais).  


No ensino secundário holandês, existem disciplinas obrigatórias, porém as escolas podem escolher como serão seus sistemas de avaliação e os métodos de ensino. Apesar de possuírem uma base curricular comum, os educadores e pais têm total liberdade para escolher a linha de ensino que acreditam, assim os alunos constroem currículos escolares diferentes em cada instituição. Esse currículo contém, também, informações sobre a participação do jovem no ambiente escolar e habilidades específicas, como esportes.


Leia o artigo “5 dicas para trazer os responsáveis para dentro da escola infantil”.


Confiança e liberdade para tomar suas próprias decisões, até na hora de escolher o que estudar, dão a possibilidade das crianças e jovens pensarem nas consequências dos seus atos e estabelecerem limites para suas ações, empoderando-as e tornando-as mais aptas a lidar com as adversidades enfrentadas durante o desenvolvimento, como o bullying, depressão, discriminação e experiências com drogas.


Fonte: G1

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