Por Marcelo Freitas –  Mentor em inovação educacional; Especialista em Gestão Estratégica e Capital Humano; CEO em EdTechs, escritor e palestrante.

Nossa convidado e parceiro, Marcelo Freitas, compartilha com a gente sua perspectiva sobre o futuro do professor diante dos avanços tecnológicos e das constantes mudanças do mundo em que vivemos. Além disso, ele traz também dicas para aqueles que irão assumir a importante missão de educar, tornando-se professores. Aproveite!


Eu tinha acabado de sair de uma mesa redonda sobre uma das grandes questões que permeia a qualidade da educação: os novos modelos de aprendizagem e, em especial, o papel dos professores.


Não há como se falar em melhorias, inovações ou novas metodologias de ensino-aprendizagem se não houver profissionais preparados para colocar isso em prática, para fazer acontecer, não é verdade?


No caminho de volta pra casa, algumas questões de destaque ainda ressoavam na mente. Uma delas parece óbvia: Nesse contexto, a capacitação é um fator crítico de sucesso.


Acontece que esta tarefa tem se tornado cada dia mais complexa, dado os avanços tecnológicos e as mudanças socioculturais impostas por um mundo mais interativo e integrado.


A importância do professor frente às novas tecnologias na escola


Como a tecnologia impacta no futuro do professor


Temos à nossa volta um ambiente de mudanças rápidas e contínuas, com inovações tecnológicas cada vez mais presentes na vida do cidadão comum e de jovens ávidos por novidades. Isso tornou obsoletas antigas ferramentas de ensino, descartou práticas pedagógicas emboloradas e fez ligação direta entre o conteúdo e o usuário.


Nesse cenário, elementos intermediários, como o professor, precisam realmente agregar valor para manter a audiência. Na era da informação instantânea, da qual fazemos parte, portanto, é a criatividade e o diferencial do professor que dão o tom na sala de aula.


A ousadia, no sentido de inovação, é uma das exigências que a sociedade faz hoje. Recentemente, Louise Wilson, diretora do mais famoso curso de moda do mundo, o da Central Saint Martins, de Londres, declarou numa entrevista:


“Prefiro alunos que tiram zero que os que tiram 80.

Os primeiros ousaram mais.

Os outros apenas repetiram o que aprenderam”.


É exatamente essa perspectiva de futuro que precisa ser explorada quando pensamos em preparar as novas gerações de professores. Driblar a obsolescência das metodologias e usar o instrumental tecnológico é o desafio a ser ultrapassado.


Já não basta estar familiarizado com a tecnologia atual e o domínio dos aparelhos que a embalam. Ou incorporar a utilização da lousa eletrônica e dar lugar a um novo formato de sala de aula. É preciso dar a eles as competências de que necessitarão quando embarcarem, pra valer, em uma sala de aula repleta de alunos conectados.



Habilidades necessárias para o futuro do professor


Por isso mesmo, é necessário prover os futuros docentes de habilidades que os permitam se adaptar rapidamente a ambientes em constante mudança.


Vejamos algumas dessas habilidades que qualquer futuro professor vai precisar, considerando esse novo ambiente educacional.


A primeira delas é exatamente a adaptabilidade. A capacidade de se tornar um camaleão. Todos nós sabemos que os dispositivos baseados em tecnologia mudam da noite para o dia. Ensino com a tecnologia é uma curva de aprendizagem constante e isso requer uma adaptação permanente às novidades.


Outra habilidade importante é colocar a “mão na massa”, se aventurar. Olhar, ouvir e estar dentro do processo envolve correr certos riscos. Para isso, saber aplicar algumas técnicas básicas de resolução de problemas para quando as coisas não caminham bem é uma habilidade essencial num ambiente cercado de tecnologia.


“No fear” (sem medo) deve ser o mantra de professores que abraçam as novidades e novas engenhocas eletrônicas.


Leia também: Movimento maker na educação e aprendizagem mão na massa


E isso nos remete a outra habilidade importante: Usar informações e colocá-las a serviço do aprendizado. Os professores do futuro terão de estar familiarizados com terminologias básicas do mundo tecnológico. O recado é: Acompanhe as inovações. Seja “compatível” com o ambiente.


E por falar em ambiente, os futuros professores têm de dominar estratégias de comunicação para combater pragas terríveis, como o cyberbullying, as “fake News” ou as questões éticas no espaço virtual. Saber lidar com as mídias sociais é, portanto, uma habilidade importante nesse novo ambiente de aprendizagem.


Leia também: A importância da comunicação escolar para o bom desempenho do aluno


Professores mais ousados e inovadores, capazes de promover diferenciais entre seus alunos, elevam o nível da educação. E aluno bem preparado significa profissional de primeira linha e cidadão crítico. Hora de olhar para a frente!


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