A importância do fator humano na gestão escolarLeitura de 7 minutos

Acontece na escola Tendências em educação 11 de janeiro de 2019

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A importância do fator humano na gestão escolarLeitura de 7 minutos


No primeiro artigo do ano, trouxemos nosso amigo e parceiro, Marcelo Freitas, mostrando sua visão sobre as mudanças e inovações propostas pelas escolas. E, é claro, sem esquecer o principal: o fator humano na gestão escolar. Confira agora!


Ano novo, vida nova


Todo início de ano é comum refletirmos sobre quais serão as mudanças e inovações necessárias. Afinal, são novos caminhos, novos desafios, novos desejos, uma nova jornada. Mas o que você espera de 2019? Quais as metas e planos para sua escola?


Toda virada de ano é comum a gente ouvir coisas do tipo “esse ano vai ser diferente”, não é verdade? Sempre vai aparecer aquele entusiasmo trazido pela expectativa de um novo momento.


Muitas vezes, elas soam como aquelas promessas de começar o regime na segunda-feira que vem. E o que realmente acontece quando chegamos no início de ano? Na maioria das vezes, aquela promessa ou objetivo, ficou apenas na boa intenção. 


Eventualmente, em grande parte das escolas, mudanças e novidades são pensadas e até mesmo anunciadas, ao final de cada ano com vistas a aumentar a captação de novos alunos ou manter aqueles que já estão na escola. Mas ao começar as aulas, o que acontece de verdade? 


Falta de oportunidade para concretizar a promessa? Não, não é. O mercado educacional vem apresentando nos últimos anos uma gama de aplicativos, plataformas, metodologias e práticas que deixam qualquer gestor à vontade para escolher. 


Porém, o que acontece, é que na maioria das vezes, depois de escolhidas as novidades, percebe-se que o principal fator de inovação e mudanças na gestão escolar foi esquecido, ou deixado de lado: o fator humano.


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Perguntas importantes


Circulo por muitas escolas, seja conduzindo workshops de desenvolvimento de educadores ou programas de mentoria e consultoria para os seus gestores. Em todas as ocasiões tenho enfatizado essa questão.


Primeiramente, antes de se propor qualquer novidade, é importante promover uma avaliação da equipe, de modo a identificar o quanto estão em sintonia com a mudança. 


Listei algumas perguntas que podem te ajudar a entender melhor sua equipe. Confira! 


  • Qual é o perfil do pessoal?
  •  Quantos estão dispostos a sair das suas zonas de conforto?
  •  Quais deles serão capazes de lidar com a frustração e o erro?
  •  Qual a capacidade de adaptação a um novo perfil profissional pretendido pela instituição?

Mudando o mindset


Muito se ouve falar sobre mindset, mas você sabe o que significa? Em linhas gerais, mindset é o conjunto de atitudes mentais que influencia diretamente nos nossos comportamentos e pensamentos.


Com isso, o tempo tem demonstrado que a grande maioria das mudanças na gestão escolar não dá certo em virtude de questões relacionadas com o fator humano. É lá que o “bicho pega”.


De nada adianta a escola empenhar grandes recursos em tecnologia, equipamentos e instalações se não faz o mesmo com a seleção e a capacitação de seu pessoal. Por certo não verá resultados se insistir em manter em seus quadros profissionais que já não respondem a desafios. Não dá para manter profissionais que estão estagnados em suas carreiras e contando tempo para se aposentar. 


Certamente as instituições necessitam de pessoas ativas e criativas, capazes de se reinventar o tempo todo e surpreender alunos antenados e conectados. Nesse sentido, o caminho que se mostra, então, é gerenciar continuamente o mindset dos colaboradores. 


Ao mesmo tempo, ajustar as ferramentas de gestão de pessoas para que possam respaldar os comportamentos almejados.


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Mudanças na base


Por exemplo: De que adianta incentivar a inovação se as avaliações de desempenho “punem” os profissionais que erram por se arriscar a tentar algo novo? Ou estimular a política de mérito, se o plano de remuneração prevê progressões apenas por tempo de serviço?


Ora, que sinais a instituição está mandando? Em resumo, a resposta é simples: Não vale a pena arriscar. Faça algo diferente, mas continue ganhando o mesmo daqueles que nada criam. Percebeu?


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Fazendo acontecer o novo


Por isso, para ser coerente com a expectativa de “ano novo, vida nova” é importante que os gestores educacionais e seus colaboradores adotem novas posturas, práticas e ferramentas. Treinamentos, boas políticas de gestão de pessoas e incentivos devem ser concebidos para suportar os processos e a tão esperada “vida nova”.


Com o intuito de melhoras esse processos, sugerimos oferecer oficinas de criatividade para professores e gestores, bem ao estilo “mão na massa”. Nesse sentido, outra iniciativa é propor metas desafiadoras ajustando os sistemas e as políticas de recursos humanos. Assim conseguimos estimular a criatividade e proporcionar recompensas àqueles que se destacarem.  


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Em resumo, essas são apenas algumas iniciativas que podem ser desenvolvidas pelos gestores educacionais nas suas instituições. Inegavelmente os resultados geralmente são bacanas e certamente as escolas sempre dispõem de pessoas dispostas a compartilhar com os colegas as experiências inovadoras. 


Portanto, se você pretende começar 2019 com todo o entusiasmo e a energia que o ambiente escolar proporciona, pense nas diversas possibilidades de inovar. Mas não se esqueça do mais importante na gestão escolar: as pessoas, o fator humano. São elas que farão, ou não, o ano novo ter vida nova.   


Sobre o autor: Marcelo Freitas é mentor em inovação educacional; Especialista em Gestão Estratégica e Capital Humano; CEO em EdTechs, escritor e palestrante.

         
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